A Origem dos Sonhos
1. O Sonho e a Realidade
Pensamento e Realidade não são a mesma coisa.
Pensar, sonhar, imaginar: eis a realidade da racionalidade.
A Realidade, pois, pode estar no munfo das idéias ou no mundo da experiência.
Realidade pensante e realidade concreta.
Realidade teórica e realidade prática.
Realidade inteligível e realidade sensível.
Realidade ideal e realidade experiencial.
Como vemos, existem 2 tipos de realidade:
o sujeito e o objeto,
as idéias e as coisas,
o ser e o ente,
a essência e a aparência,
a substância e o acidente,
o interior e o exterior,
a consciência e a práxis,
o eu e o outro,
a razão e a sensação,
a inteligência e os sentidos,
em mim e sem mim,
dentro de mim e fora de mim,
nós e os outros,
a insistência e a existência,
a história e os fatos,
os atos e os acontecimentos,
o interno e o externo,
o aquém e o além,
o tempo e o espaço.
O Sonho é não fazer a diferença,
é não fazer o discernimento,
é não fazer o esclarecimento.
O Sonho é a mistura,
a confusão,
a complicação.
Misturar a teoria com a prática,
confundir o sujeito com o objeto,
complicar a essência com a aparência.
Sonhar é a não realidade,
a fantasia,
a imaginação,
o pensamento imaginário,
a loucura e a desrazão.
Quando dormimos e sonhamos: eis a loucura do ser,
a loucura da mente,
a loucura da razão.
O Sonho é o nosso estado de loucura,
a nossa experiência de demência,
a nossa existência doente.
O Sonho é o mal do espírito,
a doença da alma,
a moléstia irracional,
a enfermidade da irracionalidade.
O Sonho é a falta de juizo,
a carência de bom-senso,
a presença da ausência,
o vazio e o nada,
. alguém que não é ninguém.
O Sonho existe sem existir,
existe sem ser,
existe sem acontecer.
O Sonho é a loucura,
a irracionalidade,
a desrazão,
a ausência de juizo,
a falta de bom-senso.
O Sonho é as trevas,
a noite,
a morte,
a escuridão,
a maldição,
a desgraça,
a perdição.
O Sonho é o pensamento louco,
a razão doida,
a inteligência maluca.
O Sonho é a realidade irreal,
a realidade da loucura,
a loucura da realidade.
Vamos realizar sem sonhar,
descansar sem dormir,
repousar sem imaginar qua a luz vai acabar
O Sonhador não é realista.
O Realista não é sonhador.
2. O Poder da Imaginação
A Loucura dos Sonhos Metafísicos
Imaginar é apresentar imagens a si mesmo, e sobre elas criar sonhos e fantasias, um mundo imaginário que foge à realidade cotidiana. Tal mundo imaginário se pensa e se cria a si mesmo, descobrindo novas imagens a partir de imagens antigas. Deste modo, crescendo e se desenvolvendo, a imaginação imagina-se, cria-se, constrói-se, articula-se por imagens umas sobre as outras, levando a pessoa humana a sonhar incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária, ao ponto de ela ser atraída ao fechamento, aprisionando-se dentro de si própria. Com efeito, a imaginação nos prende, escraviza e aprisiona, obstruindo nossas idéias e pensamentos, obscurecendo a nossa consciência e alienando-nos do dia-a-dia da nossa vida.
Imaginar é um perigo!
Aberta a imaginação, ela nos faz sonhar, enlouquecendo a nossa vida.
As imagens apresentadas e representadas na mente do homem e da mulher, de fato, produzem o processo de enlouquecimento da humanidade, que sonha com símbolos imaginários, recriando-os e reproduzindo-os continuamente no interior de seus pensamentos alheios à realidade.
Na verdade, o poder da imaginação parece escapar aos limites da natureza humana, que, perdendo o controle sobre si, é superada por suas forças imaginárias, ultrapassada por suas tendências loucas e enlouquecedoras, que transcendem as delimitações da consciência, tornando-a alheia a si, outra dentro de si, isolando-se do real e fugindo dos parâmetros racionais, onde deve prevalecer o juizo e o bom-senso.
Certamente, então, perde-se a consciência, o juizo e o bom-senso, vivendo-se assim a loucura irracional, a desrazão inconsciente e a demência imaginária, as quais afugentam-nos da cotidianeidade, da realidade diária da nossa vida pessoal e social.
O Imaginário é metafísico, está além e aquém da matéria real.
Imaginar é possibilitar o sonho,
a loucura,
a demência,
a inconsciência,
a irracionalidade,
a irrealidade.
Devemos cortar o mal pela raiz.
Não deixar a árvore crescer.
É perigoso imaginar e imaginar-se!
3. Imaginação – A Razão Louca
O Irreal e o Irracional
O Mundo da Imaginação é imprevisível visto que é feito de irrealidades, irracionalidades, sonhos, loucuras, demências, pensamentos loucos, utopias, fantasias, seres imaginários, coisas inconscientes, previsões irrealizáveis, profecias inexplicáveis, enfim, um mundo da loucura dos sonhos imaginários.
Imaginar aleatoriamente pensamentos loucos, enlouquecendo a razão com sonhos irreais e irrealizáveis, vivendo-se então a desRazão demente e inconsciente, tal situação imaginária corresponde à realidade irreal e à razão irracional onde se sonha com seres incríveis e fantásticos e coisas espetaculares e extraordináruas, originando um mundo louco e sonhador, ausente do cotidiano e fora da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Esse estado de loucura, sonho e imaginação, irrealidade e irracionalidade, caracteriza o mundo da imaginação.
É um mundo do nada e do vazio, da falta e da ausência, que ignora o real e o racional, o juizo e o bom-senso, criador de impossibilidades.
Ele existe sem existir, é um real irreal, um racional irracional.
A Imaginação ou a Razão Louca invade universos estranhos, percorre estradas fantásticas e imaginárias, caminha por desertos secos e instáveis, inconstantes e transitórios, provisórios e perecíveis cuja expressão máxima é a loucura dos sonhos imaginários.
4. A Loucura dos Sonhos Imaginários
ou
a Realidade da Razão Consciente
Qual o seu caminho ?
A Paz ou a Violência ?
A Bondade ou a Maldade ?
O Bem ou o Mal ?
A Luz ou as Trevas ?
O Amor ou o Ódio ?
A Vida ou a Morte ?
O Direito ou o Errado ?
A Justiça ou a Injustiça ?
A Verdade ou a Falsidade ?
A Realidade ou os Sonhos ?
A Consciência ou a Loucura ?
A Razão ou a Imaginação ?
Deus ou o Diabo ?
5. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.
6. O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade
1) Os fenômenos da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)
7. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade
A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
a) Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
b) É possível sua realidade exterior ?
c) Ou tudo é interno, todos são interiores ?
d) Existe alguma coisa fora da consciência ?
e) Ou será que a consciência é a única realidade ?
f) Eu sou tudo e todos ?
g) Eu sou o pensamento ?
h) A Realidade é pensamento ?
i) A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
j) O Real é racional ?
k) O Racional é real ?
l) Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.
8. A Consciência Real
Quando a consciência humana e a realidade prática cotidiana se encontram, interagem entre si, compartilhando seus caracteres próprios, desde então estamos diante da Consciência Real que significa o desaparecimento dos sonhos, a destruição da loucura e a fuga do imaginário, o abraço da racionalidade com a realidade, da consciência com a experiência, convivendo-se assim com um ambiente de juizo e bom-senso, sem fantasias loucas e imagináris, sem sonhos metafísicos, assumindo-se de fato um compromisso responsável com a realidade do dia-a-dia e seus momentos sociais, políticos, econômicos e culturais.
A Consciência real é dinâmica, prática, experimental, ativa, atuante, comprometida e responsável.
Sua realidade é consciente, racional, equilibrada, emocionalmente ordenada, disciplinada e organizada, lógica, mentalmente estruturada, inteligivelmente sistematizada, metodologicamente orientada, produzindo permanentemente novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. É criadora de novas idéias e novos conhecimentos. Abraça a ética do bem e da paz. Desenvolve uma espiritualidade voltada para a construção do bem social, o bem coletivo, o bem comunitário onde a fraternidade, a solidariedade e a generosidade são os frutos resultantes de uma sociedade pacífica, ordeira e organizada. Graças a Deus a humanidade hoje caminha para essa realidade, a realidade consciente, ou a Consciência Real.
9. O Mundo da Imaginação
Um mundo sem tempo e sem lugar
Um mundo sem chão e sem teto
Um mundo sem portas e sem janelas
Quando estamos no universo imaginativo-imaginário, na verdade, todas as nossas garantias somem e todas as nossas seguranças desaparecem. Vivemos sem viver. Existimos sem existir, O Nada e o vazio acontecem. A Falta e a ausência aparecem. Estamos num mundo de demências e aparências. Os fatos acontecem incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária. É o espetáculo da loucura. O show dos sonhos. A Festa dos loucos. Pois nele não há tempo nem lugar. Não há teto nem chão.Não há portas nem janelas. Eis a irrealidade. Eis a irracionalidade. Eis a inconsciência. Eis a presença da ausência.
A Consciência Real, como vimos acima, é o contrário de tudo isso.
Além disso, esse universo de produções loucas, sonhadoras e imaginárias têm como consequência um comportamento violento, mau e ruim, identificado com a divisão e a exclusão, a solidão e marginalização, a opressão, a depressão e a repressão.
De tudo isso, concluimos que atualmente as sociedades humanas em geral, no mundo inteiro, experimentam um processo relativo e parcial de enlouquecimento existencial.
A Sociedade está enlouquecendo.
O Futuro do mundo será o Hospício do Pinel ???
10. O Futuro é o Hospício ???
Caminhamos para o Pinel ???
O Mundo realmente está ficando maluco ???
De um lado, sim.
Por outro lado, não.
Eu ainda acredito em Deus, o Senhor.
Eu ainda creio no bom juizo e no bom-senso das pessoas.
Eu ainda espero no respeito e na responsabilidade que as pessoas devem ter.
Eu ainda mantendo as devidas esperanças em uma sociedade do bem e da paz, do amor e da vida.
Eu ainda tenho fé.
Eu ainda acredito no homem e na mulher.
Eu ainda creio em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, que, apesar de tudo e de todos, ainda conduz a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.
11. O Poder da Maluquice da Cabeça
A Maluquice tem poder.
A Maluquice gera a violência,
produz a maldade,
cria a confusão mental.
A Maluquice, ou a perda do juizo e da consciência, é responsável pela doença social que atinge indivíduos e grupos humanos, alheios à realidade cotidiana, longe de sua consciência racional, ignorando assim o dia-a-dia da vida, sobretudo hoje em nossa sociedade atual.
Atualmente, em nossa sociedade doentia, assistimos a um processo de enlouquecimento individual e coletivo, onde na família, no trabalho ou na escola as pessoas se violentam e violentam os outros, se maldizem e maldizem os outros, se amaldiçoam e amaldiçoam os outros, são más e ruins consigo mesmas e com os outros, produzindo então um estado de vida, cujas condições favorecem a cultura da morte, loucos enlouquecendo-se uns aos outros, mortos matando-se uns aos outros, violentos violentando-se uns aos outros. Em consequência, o mal-estar social, político, econômico e cultural, instalou-se em nossa sociedade, tornando-a doente, vítima de sua própria loucura, sua violência, maldades e ruindades. Vemos assim o crescimento da fome, da pobreza e da miséria, nas ruas, nos morros e nas favelas, fazendo explodir as cidades urbanas, fruto também das migrações do campo e do interior.
A Loucura fixou-se, instalou-se e estabeleceu-se entre nós, na sociedade contemporânea, afetando populações inteiras, que lutam para viver, conviver, sob-viver e sobre-viver no interior de tal processo enlouquecedor, para o qual contribuem ainda o desemprego, a marginalização, a ausência de trabalho e a falta de atividades.
O Poder da Loucura está no meio de nós.
O que fazer ? Para onde fugir ? Como escapar de suas conseqüências trágicas, alarmantes e desastrosas, perniciosas, corruptoras e destruidoras ?
12. Aberração Psicológica
Costinha, Zé Pereira e Juracy
O Trio Elétrico do Hospício do Pinel
No hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, todo santo dia era dia de quebra-quebra e pancadaria, sangue e violência, maldade e ruindade, doentes, médicos, enfermeiros e funcionários em confusão geral, excluindo-se uns aos outros, abraçando a guerra interna e rejeitando a paz e a concórdia em um ambiente hostil, contrário ao bem e ao amor, totalmente adverso e antitético, contraditório, refletindo fundamentalmente o estado de saúde então reinante naquele local: aberração psicológica, desvio de comportamento, alienação e fuga da realidade, loucura metafísica, prática reveladora da vivência dos sonhos imaginários irreais, irracionais e inconscientes, falta de juízo e bom-senso, ausência de mútuo respeito e recíproca irresponsabilidade moral, social e comportamental, marginalização real e exclusão social, império da maldade e da violência generalizada.
Tal o quadro-negro e doentio, louco e marginal, então ali encontrado todos os dias, noites e madrugadas, mostrando-nos realmente que a saúde de uma pessoa se inicia na sua cabeça, na sua consciência boa ou má, na sua razão louca ou saudável, na sua inteligência clara e distinta ou confusa e complicada, na sua mente sadia ou doente e enferma.
Assim acontecia diariamente a chamada aberração psicológica, com seus traumas e desvios, neuroses e psicoses, preconceitos e superstições, confusões e complicações, violências e maldades, marginalidades e loucuras, sonhos e imaginários, irrealidades e irracionalidades, inconsciências e alienações.
Nesse meio-ambiente confuso e complicado, doentio e malicioso, mau e violento, marginal e excludente, se achavam Costinha, um doente mental cujo sonho era comprar a Europa, a América e a África; Zé Pereira cujo trabalho era comprar e vender dinheiro em todas as suas farmácias, padarias e botequins do Brasil; e ainda Juracy, o grande líder e chefe dos malucos cuja atividade era, como todos já sabiam, armar, planejar e concretizar a bagunça e a palhaçada, a confusão e a violência, o quebra-quebra e a pancadaria, dentro e fora do Hospício do Pinel de Jacarepaguá. Formavam eles o Trio Elétrico do Hospício
Esse Trio Elétrico do Pinel, na verdade, era a alegria dos malucos, pois eles é quem animavam, motivavam e incentivavam a todos e cada um dos enfermos, distribuindo alegria e felicidade, elevando sua auto-estima, gerando no ambiente alto-astral geral, ficando todos enfim, no final das contas, felizes, alegres e contentes.
Era deste modo que Juracy, Costinha e Zé Pereira ajudavam a todos a vencer a solidão e o isolamento, e ganhar a batalha medicinal e hospitalar contra a depressão e a aberração psicológicas.
13. Dormindo e Sonhando
O Sonho da loucura do ser
A Loucura da imaginação irreal
Imaginação louca e irreal,
irracional e inconsciente,
doente e insensata
O Sono da madrugada, quando dormimos depois de um dia de trabalho, nos revela o estado doentio do ser, do pensamento e da existência humanas.
Esse estado doentio se identifica com a inconsciência de nossos sonhos, suas fantasias irreais e suas irracionalidades imaginárias.
Tal é a loucura do ser,
a moléstia do pensamento,
a demência da existência.
Homem e mulher, quando estão dormindo, experimentam um mundo irreal de incríveis fantasias extraordinárias.
Irrealidade – ausência do real – que significa fuga do cotidiano, falta de racionalidade, carência de consciência, identificação com o imaginário, a loucura dos sonhos metafísicos.
Irracionalidade – ausência de razão – que representa nosso estado doentio de falta de juizo e bom-senso.
Inconsciência – ausência de consciência – que reflete a enfermidade louca e fora de si de nossa inteligência, seus pensamentos irreais e ausentes do dia a dia da nossa vida, seu ser irracional que sofre então da síndrome da desrazão imaginária e de sua existência distante, longe de nós, afastada de nosso convívio diário, vivendo a loucura do sono da morte e dos sonhos irrealizáveis sem desejos e sem esperanças.
Eis pois o sentido dos sonhos.
O significado da loucura do ser.
A razão de nossos pensamentos imaginários.
O reflexo de nossa existência irreal e irracional, sem ciência e sem consciência, sem juizo e sem bom-senso, burra e insensata, maldosa e violenta, ignorante e mentirosa.
Por isso, sejamos sempre realistas.
Viver a realidade da experiência concreta cotidiana é a chave do sucesso de nossos bons trabalhos e boas atividades e o segredo de uma vida orientada pela cultura do bem e da bondade e pela mentalidade da paz e da não-violência.
A realidade é a nossa salvação.
Que o Senhor Deus nos ajude e abençôe.
14. A Imaginação Patológica
O estado doentio de um
raciocínio baseado em hipóteses
“Eu acho”, “quem sabe”, “pode ser”, “talvez”, “é possível” são expressões hipotéticas reveladoras de uma mente doente cuja imaginação doentia vive um círculo vicioso capaz de gerar raciocínios incertos e duvidosos que não chegam a lugar nenhum. Pensa-se hipoteticamente, fazendo-se curvas de opinião sem fundamento algum, o que reflete a desrazão irreal, uma realidade irracional, imaginando-se tal realidade ao mesmo tempo em que se ignora a realidade mesma como ela é. Então, o inconsciente fala mais alto, o imaginário grita mais forte, o sonho torna-se real, a irrealidade acontece e a irracionalidade se manifesta através das palavras que se apresentam.
Tal é a imaginação patológica.
Ignora-se a experiência real dos fatos concretos.
Vive-se em um mundo de ilusões e fantasias.
Sonhos incríveis, fantásticos e extraordinários.
Pois então sejamos realistas.
Fujamos das hipóteses.
Realmente práticos e concretos, experimentaremos uma mente sadia, uma razão saudável e agradável, uma inteligência lógica, coerente e sem erros, uma consciência reta onde o bom juizo e o bom-senso são os seus melhores amigos.
Realistas, teremos mais saúde e bem-estar maior e melhor.
15. Eu sem mim
Parece-nos que hoje em dia o ser humano não tem mais identidade.
Sua identidade é sua alteridade.
Eu não sou eu.
Eu sou eu sem mim.
Eu sou o outro.
Eu sou uma outra pessoa.
Vivo em mim um outro ser diferente de mim.
Observa-se que o homem e a mulher, aqui e agora, têm uma outra consciência de si mesmos, ou várias consciências dentro de si próprios.
Experimentam a sua própria alteridade.
São outros, outros seres em si mesmos, outros pensamentos dentro de si próprios, outras existências alheias ao seu eu.
Sim, eu sou o outro.
Sou o outro quando o sirvo e ajudo.
Sou o outro quando me ausento de mim mesmo, me alieno, me torno completa ou relativa alienação de mim próprio.
De fato, eu sou hoje um alienado.
Estou fora de mim mesmo.
Quando sou mau e violento, então estou longe de mim, fora do meu ser, distante da minha natureza boa, criada por Deus.
Quando uso de agressão e crueldade em meus relacionamentos, então eu sou ausência de mim, estou fora de mim, vivo a falta de mim mesmo.
Quando contrario a minha natureza, que é sempre boa, desde as suas origens, gerada pelo Criador, Autor da Vida, então eu sou alienação, sou uma outra pessoa, não eu mesmo.
Quando pratico a injustiça, uso de falsidade com as pessoas ao meu redor, sou uma mentira em pessoa, vivo um teatro ou uma novela em minha vida, então eu não estou vivendo, eu estou sim na verdade fingindo, representando, sendo ator, e não eu próprio.
Se crio a divisão em torno de mim, excluo as pessoas da minha vida, rejeito-as, oprimo-as e marginalizo-as, então, eu sou eu sem mim.
Vivo então hoje na maioria das vezes uma alteridade em minha vida, sou uma alienação em pessoa, estou fora de mim, ausente do meu ser, pensar e existir, dando falta de mim mesmo em minhas relações, condições e situações de vida e trabalho, experimentando assim de fato a negação do meu eu, minha contradição viva, minha rejeição e exclusão de mim mesmo.
Eu então sou a minha própria negação, rejeição e exclusão.
Eu próprio marginalizo a mim mesmo.
Eu pois vivo o meu eu sem mim.
Sou sim uma outra pessoa.
Um outro ser diferente e ausente de mim mesmo.
Sou sim a minha falta, a minha ausência, a minha carência, a minha miséria, a minha ignorância, a minha pobreza, a minha mendicância.
Tudo isso porque contrario a minha natureza essencialmente boa, ordeira e pacífica.
Porque então decidi ser violento.
E mau.
16. Eu sou o que não sou
Várias vezes durante o dia e a noite vejo-me em situações estranhas e esquisitas quando então assumo uma outra personalidade diferente de mim, um outro eu, com novos caracteres diversificados, uma outra identidade, uma outra alteridade, uma vivência alheia a mim próprio.
Sou então uma alienação em pessoa.
Tenho pensamentos fora de mim, sentimentos alheios ao meu eu, comportamentos que me revelam uma outra pessoa que está dentro de mim.
São instantes que me mostram o meu estado de inconsciência, irrealidade e irracionalidade experimentados simultaneamente.
Estou pois dentro e fora de mim ao mesmo tempo.
Eu sou o que não sou.
Sou sem ser.
Estou sem estar.
Vivo sem viver.
Experimento sem experimentar.
Sinto sem sentir.
Eu de fato um verdadeiro alienado, com outra identidade e nova alteridade em mim mesmo, dentro e fora de mim.
Penso sem pensar. Sou sem ser. Existo sem existir.
Porque vivo uma outra vida diferente da minha.
Fora do meu eu sou um outro, um outro ser, uma outra pessoa, um outro pensamento, uma outra consciência, uma outra existência, uma outra experiência de vida.
Percebo facilmente isso quando estou violento, sou mau com as pessoas, entro em conflito com elas, perco a cabeça e as agrido, sendo cruel com elas, contrariando-as e contradizendo-as, espalhando divisão e mau-estar no ambiente onde eu vivo e me relaciono com as pessoas, excluindo-as e marginalizando-as.
Nesses momentos, estou ausente de mim mesmo, sinto falta do meu eu.
Vivo uma outra pessoa diferente, contrária e contraditória, negando-me a mim próprio.
Vivo uma contradição em pessoa. Sou alienação.
Todavia, quando retorno à prática do bem e da bondade e à vivência da paz e da concórdia, enfim, quando regresso a Deus, o Senhor, então eu me reencontro, volto a mim mesmo, acho o meu eu, antes perdido dentro e fora de mim mesmo.
Passado o período de alienação do meu eu e de contradição de mim mesmo, volto ao meu ser, reencontro a minha essência, regresso a minha substância pessoal própria.
Então, eu volto a ser eu.
Tenho consciência do meu retorno a mim mesmo.
Esse processo de conscientização de mim próprio é importante para a minha paz interior e para eu estar de bem com a vida.
Obrigado, Senhor, porque eu voltei ao que era antes.
17. Eu sou muito
mais que mais...
Meu limite é viver sem limites.
Superar meus limites, ultrapassar minhas barreiras e transcender meus obstáculos, ir além das fronteiras do conhecimento verdadeiramente possível, ainda que tenha que compreender e respeitar minhas limitações humanas e naturais, tal é o caminho da vida, seu movimento eterno, seu processo permanente de superação de si mesma, mergulhando então nas profundezas do oceano vivo e infinito, a fim de conhecer seus segredos e desvendar seus mistérios, descobrir suas verdades e desvelar suas certezas absolutas e relativas, tirar as roupas dos preconceitos e das superstições, ultrapassando seus mitos, ídolos e estigmas mentais, físicos e espirituais, e transcendendo igualmente as definições metafísicas e as determinações éticas, estéticas e religiosas, quando então atingirá o máximo de excelência humana, de perfeição natural e completa transfiguração cultural, realizando assim em si, de si e para si a mais correta metamorfose global e diferencial da existência real e atual, temporal e histórica, eterna e infinita, mesmo em suas dimensões locais e regionais.
Esse o sentido do progresso, o caminho do desenvolvimento, a estrada da evolução e do crescimento construidor de uma nova mentalidade cultural para a humanidade, uma nova cultura do bem e da paz e um novo ambiente de amizade e generosidade, união, fraternidade e solidariedade.
Sim, nosso caminho é sem fim.
Nossa estrada é eterna.
Nessa caminhada infinita e sem limites nem fronteiras, eis o sentido da nossa vida e a razão da nossa existência.
Caminhamos ao encontro de Deus.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
A Filosofia das Águas
A Filosofia das Águas
Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.
Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Silêncio
E só me restou o silêncio
Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.
Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Tesão
Tesão
É o encontro de um ferro com um canal. O Ferro olha o canal com amor, pára diante dele, e o observa com desejo, loucura e paixão. E, de repente, decide invadir esse canal, e penetra-o com força e devagar, com amor e carinho, derrubando todas as barreiras pela frente e vencendo todos os obstáculos do caminho, até chegar ao céu do canal, feliz e satisfeito. Então, ele diz: “é gol”. E ela responde sorrindo: “que golaço”.
É o encontro perfeito entre 2 olhares que se amam, se atraem e se desejam.
É a conexão sexual entre uma bengala bem dura e um buraco bem quente.
É o desejo de amar, o prazer de se encontrar, o orgasmo vital, louco e apaixonado entre um homem doido e uma mulher maluca, que se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro.
É o macho e a fêmea encaixados sexualmente.
É o amor transformado em sexo.
É o desejo que se faz prazer.
É o prazer do orgasmo pleno de paixão.
É a vida cheia de força e energia, capaz de levantar os mortos e caídos, superar tristezas e angústias, ultrapassar o abismo da morte sem nele cair, transcender os limites do corpo e as fronteiras da alma.
É o amor pleno, rico em conteúdo, feliz da vida e satisfeito com sua parceira de cama e companheira de caminhada.
É o fogo que aquece o desânimo, o calor que esquenta a depressão, as brasas quentes que dão vida e amor ao cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades.
É a realidade viva onde o amor penetra para ser paixão e emoção, amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade.
É o dia a dia que se transforma para melhor.
É a situação convertida na bondade produtora de concórdia e convergência.
É a circunstância de metamorfose interior em que o bem se cria e a paz reina entre todos e cada um.
É a condição da ordem pessoal e social.
É o bem na família, a alegria na rua e a felicidade no trabalho.
É o otimismo das pessoas que sorriem com alegria e contentamento.
É o lado positivo da vida.
É a energia para cima e para a frente.
É a força dos amantes e a beleza das amadas.
É a vida que vence.
É Deus que abençoa.
É a bênção do Senhor.
Eis o Tesão.
Porque a vida é um tesão.
Eis o seu sentido e a sua razão de ser, pensar e existir.
É o encontro de um ferro com um canal. O Ferro olha o canal com amor, pára diante dele, e o observa com desejo, loucura e paixão. E, de repente, decide invadir esse canal, e penetra-o com força e devagar, com amor e carinho, derrubando todas as barreiras pela frente e vencendo todos os obstáculos do caminho, até chegar ao céu do canal, feliz e satisfeito. Então, ele diz: “é gol”. E ela responde sorrindo: “que golaço”.
É o encontro perfeito entre 2 olhares que se amam, se atraem e se desejam.
É a conexão sexual entre uma bengala bem dura e um buraco bem quente.
É o desejo de amar, o prazer de se encontrar, o orgasmo vital, louco e apaixonado entre um homem doido e uma mulher maluca, que se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro.
É o macho e a fêmea encaixados sexualmente.
É o amor transformado em sexo.
É o desejo que se faz prazer.
É o prazer do orgasmo pleno de paixão.
É a vida cheia de força e energia, capaz de levantar os mortos e caídos, superar tristezas e angústias, ultrapassar o abismo da morte sem nele cair, transcender os limites do corpo e as fronteiras da alma.
É o amor pleno, rico em conteúdo, feliz da vida e satisfeito com sua parceira de cama e companheira de caminhada.
É o fogo que aquece o desânimo, o calor que esquenta a depressão, as brasas quentes que dão vida e amor ao cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades.
É a realidade viva onde o amor penetra para ser paixão e emoção, amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade.
É o dia a dia que se transforma para melhor.
É a situação convertida na bondade produtora de concórdia e convergência.
É a circunstância de metamorfose interior em que o bem se cria e a paz reina entre todos e cada um.
É a condição da ordem pessoal e social.
É o bem na família, a alegria na rua e a felicidade no trabalho.
É o otimismo das pessoas que sorriem com alegria e contentamento.
É o lado positivo da vida.
É a energia para cima e para a frente.
É a força dos amantes e a beleza das amadas.
É a vida que vence.
É Deus que abençoa.
É a bênção do Senhor.
Eis o Tesão.
Porque a vida é um tesão.
Eis o seu sentido e a sua razão de ser, pensar e existir.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Encontrar-se
Encontrar-se
No dia a dia da nossa vida, existem situações em que buscamos sentido para a nossa existência, razão para o nosso viver, respostas corretas para tantas perguntas, soluções prontas para diversos problemas cotidianos.
Vivemos em busca da nossa identidade, de nossa realidade interior, de nossa felicidade pessoal e coletiva, de nosso bem-estar físico, mental e espiritual.
Queremos nos encontrar.
Encontrar a paz interior.
Encontrar a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Encontrar a verdadeira liberdade, fonte de felicidade, saúde e bem-estar.
Encontrar sentido para a nossa vida de cada dia e toda noite, e toda madrugada.
Precisamos nos encontrar.
Encontrar os outros.
Encontrar a Deus.
Realizar um quase perfeito encontro consigo mesmo.
Isto é um desejo.
Outra é a realidade.
Todavia, todos nós buscamos este encontro com a gente mesmo, razão de nossas existências à procura de respostas e sentido de nossa interioridade ansiosa para resolver o maior de todos os nossos problemas da vida: como encontrar a paz da consciência, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito?
Vivemos em busca dessa resposta.
Todos querem se encontrar.
Homem ou mulher, buscam o perfeito encontro consigo mesmos.
E o que é se encontrar?
É beijar a maçã do jardim do Éden.
É abraçar os amigos conquistados e amar com respeito as mulheres que encontramos diariamente.
É respeitar para ser respeitado.
É ser bom e amigo das pessoas.
É agradecer a Deus por um benefício.
É louvar o Senhor por suas maravilhas entre nós.
É bendizer o Espírito Superior e Supremo pela beleza da mulher, pela coragem dos homens, pelo sol que Ele acende todos os dias.
Encontrar-se é viver o repouso, dormir em paz, descansar com alegria e satisfação.
Encontrar-se é dar um tempo e um lugar para Deus na nossa vida.
Encontrar-se é deixar os outros existirem, não aprisioná-los nos nossos pontos de vista nem escravizá-los em nossas visões da realidade.
Encontrar-se é permitir a liberdade para si e para os outros.
Encontrar-se é a felicidade interior, estar de bem com a vida e em paz com todos e cada um.
Encontrar-se é não ter inimigos nem adversários, mas ser amigo de todos que gostam de uma boa amizade.
Encontrar-se é estar bem com Deus, consigo e com os outros.
Encontrar-se é achar o tesouro do céu e a pérola mais preciosa do paraíso.
Encontrar-se é amar e ser amado.
Encontrar-se, sobretudo, é preencher os nossos vazios com uma música que nos acalme e com um silêncio que nos tranqüilize.
No silencio, me encontrei.
Encontrei Alguém mais do que eu, maior do que eu, melhor do que eu.
No silêncio, Deus me apareceu e se encontrou comigo.
Então, encontrei-me.
Deus, o meu sentido.
No dia a dia da nossa vida, existem situações em que buscamos sentido para a nossa existência, razão para o nosso viver, respostas corretas para tantas perguntas, soluções prontas para diversos problemas cotidianos.
Vivemos em busca da nossa identidade, de nossa realidade interior, de nossa felicidade pessoal e coletiva, de nosso bem-estar físico, mental e espiritual.
Queremos nos encontrar.
Encontrar a paz interior.
Encontrar a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Encontrar a verdadeira liberdade, fonte de felicidade, saúde e bem-estar.
Encontrar sentido para a nossa vida de cada dia e toda noite, e toda madrugada.
Precisamos nos encontrar.
Encontrar os outros.
Encontrar a Deus.
Realizar um quase perfeito encontro consigo mesmo.
Isto é um desejo.
Outra é a realidade.
Todavia, todos nós buscamos este encontro com a gente mesmo, razão de nossas existências à procura de respostas e sentido de nossa interioridade ansiosa para resolver o maior de todos os nossos problemas da vida: como encontrar a paz da consciência, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito?
Vivemos em busca dessa resposta.
Todos querem se encontrar.
Homem ou mulher, buscam o perfeito encontro consigo mesmos.
E o que é se encontrar?
É beijar a maçã do jardim do Éden.
É abraçar os amigos conquistados e amar com respeito as mulheres que encontramos diariamente.
É respeitar para ser respeitado.
É ser bom e amigo das pessoas.
É agradecer a Deus por um benefício.
É louvar o Senhor por suas maravilhas entre nós.
É bendizer o Espírito Superior e Supremo pela beleza da mulher, pela coragem dos homens, pelo sol que Ele acende todos os dias.
Encontrar-se é viver o repouso, dormir em paz, descansar com alegria e satisfação.
Encontrar-se é dar um tempo e um lugar para Deus na nossa vida.
Encontrar-se é deixar os outros existirem, não aprisioná-los nos nossos pontos de vista nem escravizá-los em nossas visões da realidade.
Encontrar-se é permitir a liberdade para si e para os outros.
Encontrar-se é a felicidade interior, estar de bem com a vida e em paz com todos e cada um.
Encontrar-se é não ter inimigos nem adversários, mas ser amigo de todos que gostam de uma boa amizade.
Encontrar-se é estar bem com Deus, consigo e com os outros.
Encontrar-se é achar o tesouro do céu e a pérola mais preciosa do paraíso.
Encontrar-se é amar e ser amado.
Encontrar-se, sobretudo, é preencher os nossos vazios com uma música que nos acalme e com um silêncio que nos tranqüilize.
No silencio, me encontrei.
Encontrei Alguém mais do que eu, maior do que eu, melhor do que eu.
No silêncio, Deus me apareceu e se encontrou comigo.
Então, encontrei-me.
Deus, o meu sentido.
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