segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Rio da Vida

O Rio da Vida A Vida é como um Rio, que passa e não volta mais... Suas águas se movimentam sempre para a frente, em direção ao Oceano, e por elas navegam pescadores e viajantes, seguindo o ritmo da existência, pescando peixes bons e ruins, para fazer comércio ou servir de alimento para si e suas famílias. No cotidiano da realidade, também nos encontramos muitas vezes dentro de um Rio, que ora nos leva para horizontes benignos e virtuosos, ora nos direciona para locais onde reinam o perigo, o risco de viver, os vícios das pessoas e a violência de alguns. Igualmente, ainda que o mundo passe e a realidade seja veloz e corra depressa, precisamos de águas que permaneçam, de valores que fiquem e de princípios que dêem estabilidade e boa vida às nossas atitudes, ações e relações, e comportamentos no dia a dia. Nesses Rios da Vida, encontramos pessoas boas que nos ajudam a percorrer as águas da existência com paz e calma, tranquilidade na alma e repouso no corpo. Também os Rios da Realidade nos ensinam a continuar pescando, navegando sem parar, construindo a vida com os peixes bons que encontramos e ao mesmo tempo ignorando os peixes inúteis, que não servem para nada e não nos ajudam em nada. Somos como os bons pescadores – ou deveríamos ser – que voltam felizes para suas casas depois de uma boa pescaria. Satisfeitos por serem do Rio e realizados porque a vida lhes deu o sustento de cada dia, o alimento necessário, que faz bem a si e aos seus. Somos como os bons peixes, que alimentam a vida e a família dos pescadores, ajudando-os a manter viva a chama da vida, trabalharem com alegria e viverem as suas realidades de maneira feliz e otimista, alegre e contente, sempre soltando um sorriso vivo para as pessoas ao seu lado e em torno de si. Assim é a vida. É como um Rio que passa e não volta mais... Só ficam o bem que fazemos, as boas experiências que fizemos e as boas práticas que estabelecemos e consolidamos no convívio uns com os outros. Assim somos nós. Pescadores da vida. Peixes que alimentam o cotidiano. Navegantes que tornam felizes a vida dos outros que caminham conosco. Somos caminhantes. Porque a vida é o Rio que caminha. E nós a caminhada de suas águas ora tranquilas ora turbulentas. O mais importante é saber viver bem o momento, sabendo que ele não volta mais. Viver bem o instante de aqui e agora, a fim de colhermos os bons frutos que Deus um dia nos dará por termos feito bem todas as coisas, vivido com alegria essa vida, construindo sorriso e otimismo a nossa volta. Porque a vida passa, mas o bem que fazemos fica. Porque o mundo passa, mas bondade de nossas ações continua para sempre. Assim é o dia a dia. Cabe a nós vivê-lo bem. O Resto é consequência. Mas não se esqueça: a Vida não tem volta.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Anoiteceu

Anoiteceu O Dia em que minha noite se fez madrugada Então, adormeci no Senhor. E mergulhei em meus profundos sonhos metafísicos e em minha eternidade de realidades boas e de paz, e em meus instantes de infinito temporal, de lugares sem fim, de espaços sem medidas, e quando acordei estava cercado de amigos que me davam as boas-vindas, de mulheres bonitas que me beijavam sem parar, de parentes e familiares me acolhendo naqueles momentos de infinitude existencial. De fato, minha vida anoitecera. Minha noite se eternizou e minhas horas de aqui e agora se fizeram infinitas. Meus passos então eram duradouros. O Bem me acompanhava. A Paz me envolvia. A Bondade me cercava por todos os lados. E acordei mais uma vez, e vi lá em cima no alto das alturas Alguém Superior, uma Realidade Suprema, que abençoava os meus caminhos e endireitava as minhas caminhadas. Lá, havia movimento, as pessoas iam e vinham, trabalhavam e descansavam, se amavam e se respeitavam, um dava valor ao outro, e se ajudavam mutuamente, interagiam entre si e compartilhavam uns com os outros seus conteúdos de boas idéias e conhecimentos, ética e espiritualidade. O Silêncio reinava naquele ambiente pacífico e repousante. E ainda mais uma vez acordei, e ouvi uma voz que me dizia: “Hoje, é eternidade. Teus dias são para sempre. Aqui, terás a paz que sempre procuraste, o bem e a bondade do Senhor te acompanharão por todas as noites sem fim. Cá, tens amigos que te compreendem e mulheres que te amarão como ninguém. Serás feliz para sempre com toda a tua família.” E notei que uma música leve e macia, doce e suave, começou a tocar. Ela cantava amor e bendizia a vida que não acaba. E vi que estava no Céu de Deus. Um clima de respeito, de ordem e concórdia tomava conta desse lugar. Aqui, não havia voz nem vez para a violência e a morte. Todos se sentiam bem. Tudo era maravilhoso. O Império da Vida estava entre nós. E observei também que era bem-vindo naquele ambiente sossegado. Respirava paz. Podia descansar se eu quisesse. Estava à vontade. Havia liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Todos viviam bem. Sim, era eternidade em meu dia que se fez noite, em meus sonhos que se tornaram realidade, em minha madrugada de vida sem fim. Era tudo real. Tudo tinha vida, força e energia. As pessoas estavam alegres e otimistas, sorriam sem parar. E Deus passeava no meio delas. Era eternidade.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Encontrar-se

Encontrar-se No dia a dia da nossa vida, existem situações em que buscamos sentido para a nossa existência, razão para o nosso viver, respostas corretas para tantas perguntas, soluções prontas para diversos problemas cotidianos. Vivemos em busca da nossa identidade, de nossa realidade interior, de nossa felicidade pessoal e coletiva, de nosso bem-estar físico, mental e espiritual. Queremos nos encontrar. Encontrar a paz interior. Encontrar a calma da alma e a tranqüilidade do espírito. Encontrar a verdadeira liberdade, fonte de felicidade, saúde e bem-estar. Encontrar sentido para a nossa vida de cada dia e toda noite, e toda madrugada. Precisamos nos encontrar. Encontrar os outros. Encontrar a Deus. Realizar um quase perfeito encontro consigo mesmo. Isto é um desejo. Outra é a realidade. Todavia, todos nós buscamos este encontro com a gente mesmo, razão de nossas existências à procura de respostas e sentido de nossa interioridade ansiosa para resolver o maior de todos os nossos problemas da vida: como encontrar a paz da consciência, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito? Vivemos em busca dessa resposta. Todos querem se encontrar. Homem ou mulher, buscam o perfeito encontro consigo mesmos. E o que é se encontrar? É beijar a maçã do jardim do Éden. É abraçar os amigos conquistados e amar com respeito as mulheres que encontramos diariamente. É respeitar para ser respeitado. É ser bom e amigo das pessoas. É agradecer a Deus por um benefício. É louvar o Senhor por suas maravilhas entre nós. É bendizer o Espírito Superior e Supremo pela beleza da mulher, pela coragem dos homens, pelo sol que Ele acende todos os dias. Encontrar-se é viver o repouso, dormir em paz, descansar com alegria e satisfação. Encontrar-se é dar um tempo e um lugar para Deus na nossa vida. Encontrar-se é deixar os outros existirem, não aprisioná-los nos nossos pontos de vista nem escravizá-los em nossas visões da realidade. Encontrar-se é permitir a liberdade para si e para os outros. Encontrar-se é a felicidade interior, estar de bem com a vida e em paz com todos e cada um. Encontrar-se é não ter inimigos nem adversários, mas ser amigo de todos que gostam de uma boa amizade. Encontrar-se é estar bem com Deus, consigo e com os outros. Encontrar-se é achar o tesouro do céu e a pérola mais preciosa do paraíso. Encontrar-se é amar e ser amado. Encontrar-se, sobretudo, é preencher os nossos vazios com uma música que nos acalme e com um silêncio que nos tranqüilize. No silencio, me encontrei. Encontrei Alguém mais do que eu, maior do que eu, melhor do que eu. No silêncio, Deus me apareceu e se encontrou comigo. Então, encontrei-me. Deus, o meu sentido.