A Filosofia das Águas
Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.
domingo, 29 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
O Ser e o Vazio
O Ser e o Vazio
A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.
A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.
domingo, 15 de janeiro de 2012
A Escola dos Sofistas
A Escola dos Sofistas
1. Caracteres gerais
No período pré-socrático da Antiguidade Grega(séc.VI a.C.), surgiram os Sofistas, pessoas contratadas por reis e imperadores da época para, por meio da retórica e da argumentação, defenderem os interesses do império e da monarquia, para essa finalidade recebendo grandes volumes de moeda(dinheiro), não importando então a verdade ou a mentira de suas palavras, ou a lógica de seus raciocínios, já que o que interessava era garantir a vitória dos reinados e dos imperialismos ainda que se tivesse que falsificar os argumentos, corromper a verdade, elevar o erro e a mentira, sujar as idéias de seus adversários, ou manchar os ideais de seus inimigos.
Assim nasceu os Sofismas(argumentos cheios de erros com obscuras intenções, muitas vezes com maldade nas palavras, com o objetivo certo de advogar ou defender os interesses das principais autoridades das Cidades gregas e suas circunvizinhas).
Logo, como se observa, a palavra sofisma, a partir daquela data, passou a significar erro, falta, mentira, raciocínio aberrante, argumentação falsa, retórica mentirosa, palavra que contrariava o sentido da verdade.
Ao mesmo tempo, veio ao mundo o movimento filosófico contrário aos sofismas e antítese dos sofistas chamado de Insofismático cujo significado manifestava o interesse de defender a verdade do ser, do pensar e do existir, garantir as certezas relativas e absolutas, dar autenticidade às nossas idéias e conhecimentos, discursos e retóricas, raciocínios e argumentações.
O Processo Insofismático deseja pois ser um advogado da verdade, defender suas boas intenções e seus bons interesses, lutar a favor dos bons conhecimentos produzidos, favorecer as boas idéias e os bons ideais, autenticar enfim nossas palavras retas, certas e corretas.
Eis a origem da Insofismática.
2. Os Mercenários do Saber
Por vaidade e por dinheiro, os Sofistas – inimigos da verdade – como Plotino de Atenas, Prometeu filho de Orfeu, Genuino da Escola da Paidéia, Protótipus de Eléia, Orígenes de Mileto e Zaratrustra da linha de Xenofontes, comerciavam as suas idéias, trocavam-nas por privilégios e mordomias junto aos governantes e administradores das Cidades, faziam de seus pontos de vista mercadorias de câmbio quando vendiam e se vendiam para obter lucros e favores, créditos e benefícios perante as autoridades constituidas. Transformavam seu saber em moeda de troca, uma mercadoria mesmo, a partir de que ocupavam os primeiros lugares nas reuniões e assembléias, disputando cargos e funções públicas com jovens e velhos interessados em trabalho ou alguma atividade condigna com sua personalidade e caráter. Desse mundo de privilégios apenas os Sofistas gozavam, além dos gestores e gerentes das instituições sociais e coletivas, como escolas e clínicas de saúde, o Parlamento ou designações de chefia, e as funções civis e militares. Não eram para alguns filósofos pois corrompiam a racionalidade em função de bens financeiros e propridades públicas. Eram aberrantes. Desviavam as pessoas do caminho da transparência, faltavam com a verdade e se tornavam adversários de uma vida de autenticidade. Seus sofismas eram argumentações falsas e mentirosas, ou retóricas de intenções obscuras, ou discursos presenciais de improviso visando garantir uma boa remuneração econômica e sustentar os interesses e privilégios de reis, governadores e imperadores. Sim, eram comerciantes do pensar aberrante, das idéias confusas e duvidosas, das palavras vazias e sem fundamento. Assim eram os Sofistas. Trocadores de opiniões por dinheiro. Faziam com efeito intercâmbios comerciais em que suas idéias eram feitas para o serviço de alguém, algum magistrado, mestre ou autoridade, sempre buscando créditos com esse troca-troca de conhecimentos errantes por um capital que os ajudasse em seus desejos e necessidades, anseios e aspirações, ou então para satisfazer sua vaidade ou fundamentar seu jogo de palavras que garantiam idéias destinadas a segurar privilégios e garantir interesses que quase sempre não eram os seus. Eram nômades. Andarilhos de plantão. Chocavam-se com pensadores como Sócrates e Platão. E questionavam Aristóteles e seus seguidores sobre suas atividades “científicas” entre os gregos. Seu sentido era andar.
3. Comerciantes de Idéias
“Idéias valem dinheiro”, “palavras têm crédito no mercado”: com esse discurso, os Sofistas eram contratados por exemplo para convencer o povo da necessidade de aumentar os impostos urbanos tendo em vista a melhoria das condições de vida e trabalho, transporte e infraestrutura, saúde e educação, de toda a Cidade; ou eram chamados para argumentar em favor do governo da monarquia dizendo que se deveria votar nas próximas eleições em tal candidato a fim de se garantir uma gestão de sucesso e uma administração próspera para todos; ou ainda eram convidados para festas de casamento ou aniversário, bodas de ouro e de prata, dos filhos e filhas dos imperadores para angariar fundos e reservas financeiras para o império defendendo então que era indispensável a contribuição de todos e cada um visando os benefícios sociais e familiares garantidos pela gerência do local; ou mesmo eram chamados para audiências públicas, eventos e seminários, conferências e shows, espetáculos de moda ou ocorrências administrativas em que o governo precisava de alguém para “fazer a cabeça do povo’ tentando assim garantir interesses, manter privilégios e sustentar intencionalidades boas ou más lucrativas para os desejos e anseios da administração pública ou privada. Assim, os comerciantes de idéias, os reis do discurso, os imperadores da argumentação, os “profissionais” da retórica, os mestres das palavras bem articuladas, eram privilegiados junto aos mais ricos e poderosos, pois com sua inteligência mal usada ou não serviam aos interesses de quem desejava lucrar com a gestão pública ou privada, crescer em cima da alienação popular, argumentando que um Sofista valia mais que todos os funcionários do império e mais preciosos do que os servidores da monarquia e mais importantes que as necessidades mais urgentes da administração governamental. Sim, “idéias têm um capital interessante e importante”, e os Sofistas eram os ‘profissionais” queridos por todos os que anseiavam por obter lucros no mercado do saber, créditos na vida do poder, e benefícios e favores perante os grandes do campo e os gigantes da cidade. Eis o argumento dos Sofistas: “um Sofisma vale ouro, mais valioso que a prata e mais precioso que o bronze. O Sofisma é o coração das Olimpíadas desenvolvidas na Grécia”.
4. O Sofisma, uma Mercadoria
Erro, mentira, desvio, aberração, falta, alienação, indefinição, indeterminismo, vazio, nada, dúvida, incerteza, opinião sem fundamento, ponto de vista aleatório, visão distorcida da realidade, interpretação incorreta dos seres e das coisas, compromisso com a inverdade, relativização das idéias e palavras, enfim, uma mercadoria de troca, idéias que fazem intercâmbio, troca-troca de intencionalidades, desvirtuamento de interesses, maldade ou não nas intenções e ações, discursos bem feitos mas com maldade no pensamento, raciocínios inteligentes mas errôneos, argumentações falsas sem chão nem teto sem princípio ou fim, retóricas desvirtuadas de sentido, causa ou finalidade, assim os sofismas ganharam fama na Antiga Grécia e paises vizinhos e de outras regiões na Europa e na Ásia, vindo para a África e América, circulando pelas áreas da Oceania, até que virou sinônimo de “contrário à verdade”, levando seus agentes ou instrumentalizadores a se tornarem comerciantes do discurso e mercenários das idéias e palavras, então mercadorias de troca, usadas para garantir interesses de reis, imperadores e governadores, banqueiros e empresários, gente rica e de poder, autoridades administrativas e pessoas de gabarito elevado, de tradição cultural forte, indivíduos-cientistas, ou quaisquer sonhadores ou interesseiros em “fazer a cabeça do povo”, convencer a sociedade, lucrar com a mentira e sustentar a falsidade com palavras bonitas e idéias e ideais cheios de conteúdo cultural. Contra os Sofistas, surgiu a Teoria Insofismática desenvolvida tanto no Liceu de Aristóteles como na Academia de Platão. Os Sofismas eram “jogadas de marketing” visando garantir interesses de minorias à custa da alienação popular. Os Sofismas, para muitos, mais do que o ouro e a prata, mas ferramentas de lucro de capital ou instrumentos de créditos bancários. O importante era ganhar dinheiro.
5. 10 Mentiras fazem uma Verdade
A Arte de convencer o povo não é só privilégio dos Sofistas mas de todo aquele que sabe bem argumentar, desenvolver uma retórica bem fundamentada e articular idéias e palavras com o objetivo de fazer a cabeça da população, alienando todos e cada um quase sempre da verdade do seu discurso e da intencionalidade subjacente à linguagem empreendida, algumas horas mesmo tendo que mentir a fim de esconder interesses obscuros, a verdadeira intenção dos ideais colocados para todos e sua ideologia, reflexo da postura talvez de quem ordena o discurso, pago para sustentar a dúvida e a incerteza, o vazio das letras e o nada de seus dizeres escuros. Todavia, o que caracteriza propriamente os Sofistas é que são técnicos da linguagem persuasiva e profissionais da retórica discursiva, com intenções que certamente fogem à verdade das palavras, à transparência das idéias e à autenticidade da linguagem articulada. Assim, os Sofistas e seus sofismas são usados para defender os interesses dos grandes e suas boas ou más intenções no sentido de arrebanhar gente, dinheiro ou valores interessantes utilizados segundo o conteúdo programático desenvolvido por esses tecnólogos do discurso. Deste modo, a insistência no erro, a teimosia na mentira e o toque excessivo das palavras punham em dúvida a cabeça do povo que desta maneira era convencido a acreditar em sua linguagem errante e faltante. Os Sofistas transformavam as mentiras em verdade, de tanto insistir na errádica teimosia de uma retórica interesseira e quem sabe mal intencionada. O Sofistas lucravam com seus discursos e assim sobreviviam nas sociedades da época.
6. Os interesses em jogo
Na época dos Sofistas de outrora e ainda hoje, os Agentes de conteúdo se interessam em trabalhar vendendo idéias, trocando conhecimentos por valores financeiros, comercializando o saber tendo em vista garantir interesses alheios e sustentar intencionalidades boas ou más, com o intuito de espalhar sua ótica de vida, sua visão muits vezes distorcida da realidade e sua interpretação obscura dos seres e das coisas que compõem e integram os fenômenos do cotidiano. Em certas horas, busca-se elevar impostos, ou aumentar a renda de um governante, ou dilatar os créditos de um empresário, para isso fantasiando a realidade e nela inserindo aberrações psicológicas e desvios ideológicos, a fim de garantir ideais obscuros, sustentar ideologias incertas ou fundamentar teorias que servem para defender interesses e ntencionalidades muitas vezes distantes de nós mesmos, todavia que conseguem nos convencer e fazer a nossa cabeça, definindo intenções que ultrapassam nossa capacidade imaginária, transcendem os limites da nossa inteligência e superam as potencialidades da nossaracionalidade. Assim, os Sofistas de ontem e de hoje usam os conteúdos do saber para aumentar seus créditos e de outros, manipulando idéias visando assim sustentar seus interesses em jogo. Os Sofistas trabalham com as intenções e seu empenho é em demonstrar uma verdade que não existe e uma certeza bastante incerta e insegura e insustentável. Mesmo sem fundamentos, seus argumentos convencem e sua retórica “inventa” uma verdade sem princípios, raizes ou fundamentos sustentáveis. Os Sofistas jogam com as idéias e com os interesses em jogo.
7. O Quadro negro de boas e más intencionalidades
O critério de trabalho dos Sofistas é fazer das intenções o seu jogo de palavras, idéias e imagens, com o objetivo de convencer o povo acerca de algum benefício para o rei, magistrado, imperador ou governante, usando de artifícios de linguagem, de estratégias de retórica e de indefinições de argumentos, o meio indispensável para conseguir créditos junto de seus subordinados, a serviço dos interesses de quem lhes paga bem, lhes presta favores sem fim, lhes oferecem privilégios no governo e beneplácitos perante as autoridades constituidas, tornando-se instrumentos de malandragem e ferramentas de esperteza, tentando assim ganhar pagamentos cada vez maiores em função de sua argumentação sem lógica, de seu raciocínio sem fundamentos, de sua inteligência dúbia e incerta e de sua racionalidade descartável, transitória e inconstante, vazia e sem sentido, instável e provisória, o que lhes garante um bom salário, condições de trabalho as melhores possíveis, situações cotidianas onde seu jeito duvidoso vale mais que a cidadania de uma vida direita e justa, suas mentiras prevalecem sobre a verdade dos fatos, a transparência de atitudes e a autenticidade de seus discursos, feitos com boas ou más intencionalidades cujos interesses superam as boas condutas, ultrapassam a correção ética e transcendem uma certa espiritualidade natural gerenciadora das pessoas retas que fazem da justiça o seu caminho nesta vida. Ao contrário, os Sofistas mentiam para o povo com suas palavras e seus hábitos e costumes, vendiam-se aos seus empregadores e vendiam idéias e argumentos, meios sofisticados de sustentar os seus interesses e os de outros, seus mecenas, ou poderosos de plantão, que lhes ofereciam dinheiro e toda infraestrutura de necessidades a fim de que eles conseguissem realizar seus planos obscuros de ação que culminavam com a alienação popular, o esvaziamento dos discursos, o relativismo das massas e a dúvida imperando sobre todos e cada um, fato em que as incertezas da linguagem e suas palavras descartáveis eram mais importantes do que o direito de ser direito, e a motivação para levar uma existência de qualidade moral ou religiosa. Assim, os Sofistas faziam intercâmbios de idéias, compravam o povo vendendo seus argumentos falsos, em nome da insegurança do discurso todavia com a firmeza de quem a população punha a sua fé e confiança, enganada por sua retórica aberrante e seu discurso desviante. O que importava era chegar aos interesses dos seus proprietários, banqueiros que lhes davam moedas e dinheiro para fazerem a cabeça do povo. Os Sofistas ainda existem hoje nas sociedades modernas. São aqueles mestres mercenários que vão para a escola sem desejo nenhum de ensinar porém ganhar dinheiro com a aprendizagem de seus alunos e alunas. São professores corruptos e desonestos que fazem de sua profissão um jeito de ganhar privilégios e beneplácitos junto às autoridades competentes. Os Sofistas são muito atuais.
8. Um compromisso com a não verdade
Em função dos interesses do rei ou do governante, os Sofistas manipulavam a verdade dos fatos, desviavam as intenções mais obscuras e tornavam aberrantes a conjuntura das palavras, idéias e argumentações, driblando assim a autenticidade do discurso, impondo a todos uma retórica de desvios de conduta, exploração de símbolos e imagens, em nome da não verdade dos acontecimentos. Sim, relativizavam a certeza das coisas, punham dúvidas nas ocorrências reais e linguísticas, esvaziavam os ideais de ética bem comportada já que a mentira reinava, o obscurantismo da linguagem imperava, tudo para salvar seus créditos junto às autoridades constituidas, garantir seu abismo de intenções boas ou más, porém sempre segurando a arte do discurso corrompido pela maldade intencional e por representações mentais que ignoravam a verdade absoluta das palavras. Vencia então o engano popular, a mentira deslavada, a ignorância do povo, a alienação das gentes, identificados com uma compostura de maus comportamentos e exemplos de vida que não deviam ser seguidos pelas populações visadas. Os Sofistas ficavam famosos por sua defesa da inverdade, porém que tinha no discurso a arte de convencer o povo a pagar por exemplo impostos elevados, taxas de manutenção das infraestruturas sociais e políticas, e sustentar a boa imagem do imperador ainda que a retórica e a linguagem argumentativa fossem carentes de transparência e sujeitas às interpretações de quem controlava o poder e dominava a sociedade. Deste modo, os Sofistas eram chamados “os artistas da palavra” pois jogavam com elas a fim de garantir interesses alheios, sustentar intencionalidades escuras e fundamentar opiniões na verdade sem fundamento algum. E os sofismas estavam na boca do povo.
9. Em nome do erro
Certamente esses Professores do erro, mestres da dúvida e docentes da incerteza, que eram os Sofistas, tinham uma conduta moral bastante incerta e obscura, débil e fraca, instável e aberrante, talvez corrupta e quem sabe inconstante, favorecendo uma ética de aberrações políticas e desvios sociais, o que se identificava com a tentativa escura de fazer a cabeça do povo, tentando assim garantir os seus privilégios e os interesses do governo local, arrecadando dinheiro para suas necessidades e investimentos e ganhando créditos financeiros junto aos senhores do poder, que punham neles sua fé e confiança, depositando neles seus benefícios, lucrando com suas falsas argumentações, uma retórica distorcida e um discurso enganador, servindo àquelas intencionalidades maléficas ou benéficas de acordo com os objetos em jogo, os interesses em questão e as intenções visadas. Assim os sofismas eram ferramentas da mentira e instrumentos de falsidade e hipocrisia, obedecendo pois às autoridades que os usavam para sustentar seus ganhos diante do povo. Em nome do erro portanto muitos ganhavam, a minoria lucrava e a maioria se perdia na alienação de idéias absurdas e de ideais efêmeros sem fundamentação ideológica e filosófica. Nascia então a Escola dos Doutores da Malandragem das Idéias, que hoje se espalha pelo mundo, e ainda surgindo também uma Teoria denominada Insofismática que visava defender a verdade das coisas contrariando absoluta e relativamente o ideal sofista. Vários mestres atuais no mundo inteiro pertencem a essa ideologia sofista. Quem ama a verdade foge desse ideal.
10. Inteligentes, mas pouco éticos
A Tendência daqueles professores de rua, especialistas na argumentação tendenciosa, mestres da retórica improvisada, mais sabidos do que sábios, que faziam de seus sofismas uma mercadoria ideológica ou um artifício psicológico cuja finalidade era convencer o povo, fazer sua cabeça, dirigir seus pensamentos de acordo com suas intencionalidades boas ou más todavia que visavam garantir os interesses do poder constituido político ou financeiro, do grande capital investido para tentar manipular a consciência popular segundo as diretrizes propostas pelos governantes, reis e imperadores, que assim sujeitavam as sociedades monitorando sua razão e destinando as idéias e discursos para seduzir as comunidades e orientá-las no sentido de fazer a vontade da autoridade pública ou privada que pagava aos Sofistas para explorarem ao máximo os ideais construidos e deste modo monopolizar as estruturas sociais e culturais, políticas e econômicas das gentes e populações visadas, encarcerando-as em seus pontos de vista, aprisionando-as em suas visões da realidade e escravizando-as em suas interpretações da vida, do homem e da sociedade, do mundo e do universo, e da natureza física e mental, material e espiritual. Concluia-se então a fraca moralidade e a pouca ética sofista ainda que sua inteligência sobressaisse dos discursos desenvolvidos, nas retóricas bastante racionalistas e em suas argumentações muito lógicas mas pouco verdadeiras. Os Sofistas eram assim: grandes mestres da lógica que contudo pecavam pela falta de transparência e ausência de autenticidade. Semeavam a dúvida e construiam a incerteza, ferramentas que ao final favoreciam o “sim” popular às causas governamentais ou dos interessados em fazer a cabeça do povo a fim de garantir, sustentar e fundamentar interesses, privilégios e intencionalidades. Como ontem, os Sofistas hoje estão nos partidos políticos, nas ideologias estudantis, na cultura da corrupção, na mentalidade que defende a inverdade desde que os desejos do poder sejam satisfeitos e realizados. Assim se comportavam ontem e hoje igualmente os mestres da Sofística e seu mundo de hipocrisias, falsidades, desvios e aberrações. No universo ideológico costumam aparecer os Sofistas, sempre com alguma intenção a ser buscada e um interesse a defender ou um privilègio a sustentar. Nos sofismas, o produto transformado em capital.
11. A Mentira acima de tudo e de todos
Terríveis na batalha das idéias, especialistas na argumentação tendenciosa, doutores da retórica persuasiva e mestres do discurso aberracionista, os Sofistas tinham como critério de certeza a mentira ainda que a não verdade fosse o fundamento de suas abstrações contorcionistas, o princípio de suas admoestações fantasiosas e imaginárias e o critério de suas afirmações sem sustentação alguma. Seus interesses coincidiam com intencionalidades que visavam fazer a cabeça do povo a fim de atingir metas, objetivos e finalidades como o aumento de impostos, a elevação de taxas e portarias, a obtenção de desejos autoritários, a busca de alternativas cujos créditos favoreciam as autoridades encarregadas do pagamento desses professores ambulantes, aberrantes e desconcertantes, mas que com suas letras e palavras cheias de apologia ideológica conseguiam ganhar os favores das multidões e os benefícios de quem os pagava para conseguir com que as populações ficassem do lado dos governantes, poderosos e reis, e imperadores os grandes responsáveis pela alienação popular, direcionadores da consciência do povo para resultados identificados com os interesses dos que sustentavam as atividades sofísticas. Portanto, em nome da mentira conseguiam provar o improvável, convencer as gentes aparentemente inocentes e levá-las a caminhos inseguros e insustentáveis, sem fundamento algum, inseguros e alienantes. Deste modo, cresceu a idéia, a cultura e a mentalidade de que era possível fazer comércio com as idéias, pensamentos e conhecimentos, trocando-os por dinheiro fácil, valores financeiros e bancários, garantidores da boa vida desses professores alienadores e sustentadores da corrupção ativa que reinava em suas épocas, ontem e hoje. Os Sofistas, mestres da falsidade e da hipocrisia. Não tinham grande moralidade. Sua ética eram as atitudes aberrantes e alienantes que desviavam do bom caminho pessoas inocentes, grupos e comunidades convencidas de que os Sofistas tinham razão. Uma razão sem verdade. Uma lógica sem certeza. Uma idéia sem caminho. Pois o caminho era o descaminho.
12. A Arte de enganar
Hoje em dia, a presença dos Sofistas se faz nos partidos políticos e sua rede de intercâmbios culturais, nas ideologias estudantis e sua teia de relações sociais, na apologia das estruturas governamentais e seu modo de criar impostos e taxas para sustentar seus interesses em jogo, na defesa de secretarias e ministérios e sua maneira de aumentar ou diminuir a verdade dos fatos, na construção de ONGs e suas intencionalidades obscuras quando o que vale é a alienação popular, a indiferença dos mestres e a relativização dos fenômenos cotidianos, na desconstrução da transparência ética e espiritual em nome de ações desvirtuosas, de atividades transtornadas e de atitudes cujos distúrbios atingem a mente de cidadãos e cidadãs aparentemente inocentes, na definição de argumentos alienantes e de retóricas violentas e de discursos agressivos, na preparação de eventos, shows e espetáculos quando o objetivo é usar das palavras e ideologias para ganhar dinheiro ou lucrar de alguma maneira com a inocência das gentes, enfim, quando se tenta enganar a sociedade a fim de se garantir privilégios de autoridades, interesses de líderes ou as boas ou más intencionalidades de poderosos e governantes desejosos de créditos, favores e benefícios a partir da enganação do povo e seu jeito de acreditar em tudo que vê, ouve e assiste. Assim operam os ideólogos sofistas atualmente. Sempre reproduzindo um comportamento pouco ético, negligente na espiritualidade, de moral baixa e fraca, e de práticas que enfatizam o desvo da linguagem e a aberração dos discursos. Os Sofistas são modernos.
13. Quando as palavras valem dinheiro
A Atividade Sofística rendia grandes lucros, favores em dinheiro e benefícios de capital elevado quando seus mestres como Górgias, Protágoras e Isócrates saiam para fazer seus discursos de alto valor financeiro, bastante apologético pois defendiam, como advogados de plantão, os interesses de seus financiadores, argumentando muitas vezes sem um compromisso com a verdade da realidade, discurso igualmente sem fundamento algum, persuadindo seus ouvintes e interlocutores sobre as boas ou más intencionalidades dos líderes e governos, compradores de sua retórica sabida mas sem sabedoria alguma, já que os professores da incerteza e definidores da indefinição das idéias, advogados principalmente da dúvida argumentativa, indeterministas de plantão e céticos acima de tudo – porque entravam em choque com a filosofia tradicional grega que mais tarde consagrou Sócrates, Platão e Aristóteles – viajavam para capitalizar recursos para seus desejos e necessidades, verdadeiros cambistas de teorias que expulsavam a verdade real e atual de seus aparatos discursivos desviantes da boa transparência das virtudes e cujas aberrações alienavam o povo do que realmente estava acontecendo ora na política e na sociedade, ora na economia e na cultura em geral. Deste modo, a Sofística cresceu “inventando” idéias, produzindo uma lógica filosófica que iria agradar às futuras gerações. Foi assim que os docentes da Sofística ficaram famosos por defender quase que uma filosofia popular de grande sustentação doutrinal apesar da relatividade de seus discursos. Nascia então a Sofística.
14. Semear a dúvida
15. Trabalhar com a incerteza
16. O jogo descartável das letras
17. Contra o outro lado: a Insofismalidade
18. Um mundo indeterminado
19. Um universo indefinido
20. Parece que reina o nada e impera o vazio
21. Individualistas sim
22. A Sofística
1. Caracteres gerais
No período pré-socrático da Antiguidade Grega(séc.VI a.C.), surgiram os Sofistas, pessoas contratadas por reis e imperadores da época para, por meio da retórica e da argumentação, defenderem os interesses do império e da monarquia, para essa finalidade recebendo grandes volumes de moeda(dinheiro), não importando então a verdade ou a mentira de suas palavras, ou a lógica de seus raciocínios, já que o que interessava era garantir a vitória dos reinados e dos imperialismos ainda que se tivesse que falsificar os argumentos, corromper a verdade, elevar o erro e a mentira, sujar as idéias de seus adversários, ou manchar os ideais de seus inimigos.
Assim nasceu os Sofismas(argumentos cheios de erros com obscuras intenções, muitas vezes com maldade nas palavras, com o objetivo certo de advogar ou defender os interesses das principais autoridades das Cidades gregas e suas circunvizinhas).
Logo, como se observa, a palavra sofisma, a partir daquela data, passou a significar erro, falta, mentira, raciocínio aberrante, argumentação falsa, retórica mentirosa, palavra que contrariava o sentido da verdade.
Ao mesmo tempo, veio ao mundo o movimento filosófico contrário aos sofismas e antítese dos sofistas chamado de Insofismático cujo significado manifestava o interesse de defender a verdade do ser, do pensar e do existir, garantir as certezas relativas e absolutas, dar autenticidade às nossas idéias e conhecimentos, discursos e retóricas, raciocínios e argumentações.
O Processo Insofismático deseja pois ser um advogado da verdade, defender suas boas intenções e seus bons interesses, lutar a favor dos bons conhecimentos produzidos, favorecer as boas idéias e os bons ideais, autenticar enfim nossas palavras retas, certas e corretas.
Eis a origem da Insofismática.
2. Os Mercenários do Saber
Por vaidade e por dinheiro, os Sofistas – inimigos da verdade – como Plotino de Atenas, Prometeu filho de Orfeu, Genuino da Escola da Paidéia, Protótipus de Eléia, Orígenes de Mileto e Zaratrustra da linha de Xenofontes, comerciavam as suas idéias, trocavam-nas por privilégios e mordomias junto aos governantes e administradores das Cidades, faziam de seus pontos de vista mercadorias de câmbio quando vendiam e se vendiam para obter lucros e favores, créditos e benefícios perante as autoridades constituidas. Transformavam seu saber em moeda de troca, uma mercadoria mesmo, a partir de que ocupavam os primeiros lugares nas reuniões e assembléias, disputando cargos e funções públicas com jovens e velhos interessados em trabalho ou alguma atividade condigna com sua personalidade e caráter. Desse mundo de privilégios apenas os Sofistas gozavam, além dos gestores e gerentes das instituições sociais e coletivas, como escolas e clínicas de saúde, o Parlamento ou designações de chefia, e as funções civis e militares. Não eram para alguns filósofos pois corrompiam a racionalidade em função de bens financeiros e propridades públicas. Eram aberrantes. Desviavam as pessoas do caminho da transparência, faltavam com a verdade e se tornavam adversários de uma vida de autenticidade. Seus sofismas eram argumentações falsas e mentirosas, ou retóricas de intenções obscuras, ou discursos presenciais de improviso visando garantir uma boa remuneração econômica e sustentar os interesses e privilégios de reis, governadores e imperadores. Sim, eram comerciantes do pensar aberrante, das idéias confusas e duvidosas, das palavras vazias e sem fundamento. Assim eram os Sofistas. Trocadores de opiniões por dinheiro. Faziam com efeito intercâmbios comerciais em que suas idéias eram feitas para o serviço de alguém, algum magistrado, mestre ou autoridade, sempre buscando créditos com esse troca-troca de conhecimentos errantes por um capital que os ajudasse em seus desejos e necessidades, anseios e aspirações, ou então para satisfazer sua vaidade ou fundamentar seu jogo de palavras que garantiam idéias destinadas a segurar privilégios e garantir interesses que quase sempre não eram os seus. Eram nômades. Andarilhos de plantão. Chocavam-se com pensadores como Sócrates e Platão. E questionavam Aristóteles e seus seguidores sobre suas atividades “científicas” entre os gregos. Seu sentido era andar.
3. Comerciantes de Idéias
“Idéias valem dinheiro”, “palavras têm crédito no mercado”: com esse discurso, os Sofistas eram contratados por exemplo para convencer o povo da necessidade de aumentar os impostos urbanos tendo em vista a melhoria das condições de vida e trabalho, transporte e infraestrutura, saúde e educação, de toda a Cidade; ou eram chamados para argumentar em favor do governo da monarquia dizendo que se deveria votar nas próximas eleições em tal candidato a fim de se garantir uma gestão de sucesso e uma administração próspera para todos; ou ainda eram convidados para festas de casamento ou aniversário, bodas de ouro e de prata, dos filhos e filhas dos imperadores para angariar fundos e reservas financeiras para o império defendendo então que era indispensável a contribuição de todos e cada um visando os benefícios sociais e familiares garantidos pela gerência do local; ou mesmo eram chamados para audiências públicas, eventos e seminários, conferências e shows, espetáculos de moda ou ocorrências administrativas em que o governo precisava de alguém para “fazer a cabeça do povo’ tentando assim garantir interesses, manter privilégios e sustentar intencionalidades boas ou más lucrativas para os desejos e anseios da administração pública ou privada. Assim, os comerciantes de idéias, os reis do discurso, os imperadores da argumentação, os “profissionais” da retórica, os mestres das palavras bem articuladas, eram privilegiados junto aos mais ricos e poderosos, pois com sua inteligência mal usada ou não serviam aos interesses de quem desejava lucrar com a gestão pública ou privada, crescer em cima da alienação popular, argumentando que um Sofista valia mais que todos os funcionários do império e mais preciosos do que os servidores da monarquia e mais importantes que as necessidades mais urgentes da administração governamental. Sim, “idéias têm um capital interessante e importante”, e os Sofistas eram os ‘profissionais” queridos por todos os que anseiavam por obter lucros no mercado do saber, créditos na vida do poder, e benefícios e favores perante os grandes do campo e os gigantes da cidade. Eis o argumento dos Sofistas: “um Sofisma vale ouro, mais valioso que a prata e mais precioso que o bronze. O Sofisma é o coração das Olimpíadas desenvolvidas na Grécia”.
4. O Sofisma, uma Mercadoria
Erro, mentira, desvio, aberração, falta, alienação, indefinição, indeterminismo, vazio, nada, dúvida, incerteza, opinião sem fundamento, ponto de vista aleatório, visão distorcida da realidade, interpretação incorreta dos seres e das coisas, compromisso com a inverdade, relativização das idéias e palavras, enfim, uma mercadoria de troca, idéias que fazem intercâmbio, troca-troca de intencionalidades, desvirtuamento de interesses, maldade ou não nas intenções e ações, discursos bem feitos mas com maldade no pensamento, raciocínios inteligentes mas errôneos, argumentações falsas sem chão nem teto sem princípio ou fim, retóricas desvirtuadas de sentido, causa ou finalidade, assim os sofismas ganharam fama na Antiga Grécia e paises vizinhos e de outras regiões na Europa e na Ásia, vindo para a África e América, circulando pelas áreas da Oceania, até que virou sinônimo de “contrário à verdade”, levando seus agentes ou instrumentalizadores a se tornarem comerciantes do discurso e mercenários das idéias e palavras, então mercadorias de troca, usadas para garantir interesses de reis, imperadores e governadores, banqueiros e empresários, gente rica e de poder, autoridades administrativas e pessoas de gabarito elevado, de tradição cultural forte, indivíduos-cientistas, ou quaisquer sonhadores ou interesseiros em “fazer a cabeça do povo”, convencer a sociedade, lucrar com a mentira e sustentar a falsidade com palavras bonitas e idéias e ideais cheios de conteúdo cultural. Contra os Sofistas, surgiu a Teoria Insofismática desenvolvida tanto no Liceu de Aristóteles como na Academia de Platão. Os Sofismas eram “jogadas de marketing” visando garantir interesses de minorias à custa da alienação popular. Os Sofismas, para muitos, mais do que o ouro e a prata, mas ferramentas de lucro de capital ou instrumentos de créditos bancários. O importante era ganhar dinheiro.
5. 10 Mentiras fazem uma Verdade
A Arte de convencer o povo não é só privilégio dos Sofistas mas de todo aquele que sabe bem argumentar, desenvolver uma retórica bem fundamentada e articular idéias e palavras com o objetivo de fazer a cabeça da população, alienando todos e cada um quase sempre da verdade do seu discurso e da intencionalidade subjacente à linguagem empreendida, algumas horas mesmo tendo que mentir a fim de esconder interesses obscuros, a verdadeira intenção dos ideais colocados para todos e sua ideologia, reflexo da postura talvez de quem ordena o discurso, pago para sustentar a dúvida e a incerteza, o vazio das letras e o nada de seus dizeres escuros. Todavia, o que caracteriza propriamente os Sofistas é que são técnicos da linguagem persuasiva e profissionais da retórica discursiva, com intenções que certamente fogem à verdade das palavras, à transparência das idéias e à autenticidade da linguagem articulada. Assim, os Sofistas e seus sofismas são usados para defender os interesses dos grandes e suas boas ou más intenções no sentido de arrebanhar gente, dinheiro ou valores interessantes utilizados segundo o conteúdo programático desenvolvido por esses tecnólogos do discurso. Deste modo, a insistência no erro, a teimosia na mentira e o toque excessivo das palavras punham em dúvida a cabeça do povo que desta maneira era convencido a acreditar em sua linguagem errante e faltante. Os Sofistas transformavam as mentiras em verdade, de tanto insistir na errádica teimosia de uma retórica interesseira e quem sabe mal intencionada. O Sofistas lucravam com seus discursos e assim sobreviviam nas sociedades da época.
6. Os interesses em jogo
Na época dos Sofistas de outrora e ainda hoje, os Agentes de conteúdo se interessam em trabalhar vendendo idéias, trocando conhecimentos por valores financeiros, comercializando o saber tendo em vista garantir interesses alheios e sustentar intencionalidades boas ou más, com o intuito de espalhar sua ótica de vida, sua visão muits vezes distorcida da realidade e sua interpretação obscura dos seres e das coisas que compõem e integram os fenômenos do cotidiano. Em certas horas, busca-se elevar impostos, ou aumentar a renda de um governante, ou dilatar os créditos de um empresário, para isso fantasiando a realidade e nela inserindo aberrações psicológicas e desvios ideológicos, a fim de garantir ideais obscuros, sustentar ideologias incertas ou fundamentar teorias que servem para defender interesses e ntencionalidades muitas vezes distantes de nós mesmos, todavia que conseguem nos convencer e fazer a nossa cabeça, definindo intenções que ultrapassam nossa capacidade imaginária, transcendem os limites da nossa inteligência e superam as potencialidades da nossaracionalidade. Assim, os Sofistas de ontem e de hoje usam os conteúdos do saber para aumentar seus créditos e de outros, manipulando idéias visando assim sustentar seus interesses em jogo. Os Sofistas trabalham com as intenções e seu empenho é em demonstrar uma verdade que não existe e uma certeza bastante incerta e insegura e insustentável. Mesmo sem fundamentos, seus argumentos convencem e sua retórica “inventa” uma verdade sem princípios, raizes ou fundamentos sustentáveis. Os Sofistas jogam com as idéias e com os interesses em jogo.
7. O Quadro negro de boas e más intencionalidades
O critério de trabalho dos Sofistas é fazer das intenções o seu jogo de palavras, idéias e imagens, com o objetivo de convencer o povo acerca de algum benefício para o rei, magistrado, imperador ou governante, usando de artifícios de linguagem, de estratégias de retórica e de indefinições de argumentos, o meio indispensável para conseguir créditos junto de seus subordinados, a serviço dos interesses de quem lhes paga bem, lhes presta favores sem fim, lhes oferecem privilégios no governo e beneplácitos perante as autoridades constituidas, tornando-se instrumentos de malandragem e ferramentas de esperteza, tentando assim ganhar pagamentos cada vez maiores em função de sua argumentação sem lógica, de seu raciocínio sem fundamentos, de sua inteligência dúbia e incerta e de sua racionalidade descartável, transitória e inconstante, vazia e sem sentido, instável e provisória, o que lhes garante um bom salário, condições de trabalho as melhores possíveis, situações cotidianas onde seu jeito duvidoso vale mais que a cidadania de uma vida direita e justa, suas mentiras prevalecem sobre a verdade dos fatos, a transparência de atitudes e a autenticidade de seus discursos, feitos com boas ou más intencionalidades cujos interesses superam as boas condutas, ultrapassam a correção ética e transcendem uma certa espiritualidade natural gerenciadora das pessoas retas que fazem da justiça o seu caminho nesta vida. Ao contrário, os Sofistas mentiam para o povo com suas palavras e seus hábitos e costumes, vendiam-se aos seus empregadores e vendiam idéias e argumentos, meios sofisticados de sustentar os seus interesses e os de outros, seus mecenas, ou poderosos de plantão, que lhes ofereciam dinheiro e toda infraestrutura de necessidades a fim de que eles conseguissem realizar seus planos obscuros de ação que culminavam com a alienação popular, o esvaziamento dos discursos, o relativismo das massas e a dúvida imperando sobre todos e cada um, fato em que as incertezas da linguagem e suas palavras descartáveis eram mais importantes do que o direito de ser direito, e a motivação para levar uma existência de qualidade moral ou religiosa. Assim, os Sofistas faziam intercâmbios de idéias, compravam o povo vendendo seus argumentos falsos, em nome da insegurança do discurso todavia com a firmeza de quem a população punha a sua fé e confiança, enganada por sua retórica aberrante e seu discurso desviante. O que importava era chegar aos interesses dos seus proprietários, banqueiros que lhes davam moedas e dinheiro para fazerem a cabeça do povo. Os Sofistas ainda existem hoje nas sociedades modernas. São aqueles mestres mercenários que vão para a escola sem desejo nenhum de ensinar porém ganhar dinheiro com a aprendizagem de seus alunos e alunas. São professores corruptos e desonestos que fazem de sua profissão um jeito de ganhar privilégios e beneplácitos junto às autoridades competentes. Os Sofistas são muito atuais.
8. Um compromisso com a não verdade
Em função dos interesses do rei ou do governante, os Sofistas manipulavam a verdade dos fatos, desviavam as intenções mais obscuras e tornavam aberrantes a conjuntura das palavras, idéias e argumentações, driblando assim a autenticidade do discurso, impondo a todos uma retórica de desvios de conduta, exploração de símbolos e imagens, em nome da não verdade dos acontecimentos. Sim, relativizavam a certeza das coisas, punham dúvidas nas ocorrências reais e linguísticas, esvaziavam os ideais de ética bem comportada já que a mentira reinava, o obscurantismo da linguagem imperava, tudo para salvar seus créditos junto às autoridades constituidas, garantir seu abismo de intenções boas ou más, porém sempre segurando a arte do discurso corrompido pela maldade intencional e por representações mentais que ignoravam a verdade absoluta das palavras. Vencia então o engano popular, a mentira deslavada, a ignorância do povo, a alienação das gentes, identificados com uma compostura de maus comportamentos e exemplos de vida que não deviam ser seguidos pelas populações visadas. Os Sofistas ficavam famosos por sua defesa da inverdade, porém que tinha no discurso a arte de convencer o povo a pagar por exemplo impostos elevados, taxas de manutenção das infraestruturas sociais e políticas, e sustentar a boa imagem do imperador ainda que a retórica e a linguagem argumentativa fossem carentes de transparência e sujeitas às interpretações de quem controlava o poder e dominava a sociedade. Deste modo, os Sofistas eram chamados “os artistas da palavra” pois jogavam com elas a fim de garantir interesses alheios, sustentar intencionalidades escuras e fundamentar opiniões na verdade sem fundamento algum. E os sofismas estavam na boca do povo.
9. Em nome do erro
Certamente esses Professores do erro, mestres da dúvida e docentes da incerteza, que eram os Sofistas, tinham uma conduta moral bastante incerta e obscura, débil e fraca, instável e aberrante, talvez corrupta e quem sabe inconstante, favorecendo uma ética de aberrações políticas e desvios sociais, o que se identificava com a tentativa escura de fazer a cabeça do povo, tentando assim garantir os seus privilégios e os interesses do governo local, arrecadando dinheiro para suas necessidades e investimentos e ganhando créditos financeiros junto aos senhores do poder, que punham neles sua fé e confiança, depositando neles seus benefícios, lucrando com suas falsas argumentações, uma retórica distorcida e um discurso enganador, servindo àquelas intencionalidades maléficas ou benéficas de acordo com os objetos em jogo, os interesses em questão e as intenções visadas. Assim os sofismas eram ferramentas da mentira e instrumentos de falsidade e hipocrisia, obedecendo pois às autoridades que os usavam para sustentar seus ganhos diante do povo. Em nome do erro portanto muitos ganhavam, a minoria lucrava e a maioria se perdia na alienação de idéias absurdas e de ideais efêmeros sem fundamentação ideológica e filosófica. Nascia então a Escola dos Doutores da Malandragem das Idéias, que hoje se espalha pelo mundo, e ainda surgindo também uma Teoria denominada Insofismática que visava defender a verdade das coisas contrariando absoluta e relativamente o ideal sofista. Vários mestres atuais no mundo inteiro pertencem a essa ideologia sofista. Quem ama a verdade foge desse ideal.
10. Inteligentes, mas pouco éticos
A Tendência daqueles professores de rua, especialistas na argumentação tendenciosa, mestres da retórica improvisada, mais sabidos do que sábios, que faziam de seus sofismas uma mercadoria ideológica ou um artifício psicológico cuja finalidade era convencer o povo, fazer sua cabeça, dirigir seus pensamentos de acordo com suas intencionalidades boas ou más todavia que visavam garantir os interesses do poder constituido político ou financeiro, do grande capital investido para tentar manipular a consciência popular segundo as diretrizes propostas pelos governantes, reis e imperadores, que assim sujeitavam as sociedades monitorando sua razão e destinando as idéias e discursos para seduzir as comunidades e orientá-las no sentido de fazer a vontade da autoridade pública ou privada que pagava aos Sofistas para explorarem ao máximo os ideais construidos e deste modo monopolizar as estruturas sociais e culturais, políticas e econômicas das gentes e populações visadas, encarcerando-as em seus pontos de vista, aprisionando-as em suas visões da realidade e escravizando-as em suas interpretações da vida, do homem e da sociedade, do mundo e do universo, e da natureza física e mental, material e espiritual. Concluia-se então a fraca moralidade e a pouca ética sofista ainda que sua inteligência sobressaisse dos discursos desenvolvidos, nas retóricas bastante racionalistas e em suas argumentações muito lógicas mas pouco verdadeiras. Os Sofistas eram assim: grandes mestres da lógica que contudo pecavam pela falta de transparência e ausência de autenticidade. Semeavam a dúvida e construiam a incerteza, ferramentas que ao final favoreciam o “sim” popular às causas governamentais ou dos interessados em fazer a cabeça do povo a fim de garantir, sustentar e fundamentar interesses, privilégios e intencionalidades. Como ontem, os Sofistas hoje estão nos partidos políticos, nas ideologias estudantis, na cultura da corrupção, na mentalidade que defende a inverdade desde que os desejos do poder sejam satisfeitos e realizados. Assim se comportavam ontem e hoje igualmente os mestres da Sofística e seu mundo de hipocrisias, falsidades, desvios e aberrações. No universo ideológico costumam aparecer os Sofistas, sempre com alguma intenção a ser buscada e um interesse a defender ou um privilègio a sustentar. Nos sofismas, o produto transformado em capital.
11. A Mentira acima de tudo e de todos
Terríveis na batalha das idéias, especialistas na argumentação tendenciosa, doutores da retórica persuasiva e mestres do discurso aberracionista, os Sofistas tinham como critério de certeza a mentira ainda que a não verdade fosse o fundamento de suas abstrações contorcionistas, o princípio de suas admoestações fantasiosas e imaginárias e o critério de suas afirmações sem sustentação alguma. Seus interesses coincidiam com intencionalidades que visavam fazer a cabeça do povo a fim de atingir metas, objetivos e finalidades como o aumento de impostos, a elevação de taxas e portarias, a obtenção de desejos autoritários, a busca de alternativas cujos créditos favoreciam as autoridades encarregadas do pagamento desses professores ambulantes, aberrantes e desconcertantes, mas que com suas letras e palavras cheias de apologia ideológica conseguiam ganhar os favores das multidões e os benefícios de quem os pagava para conseguir com que as populações ficassem do lado dos governantes, poderosos e reis, e imperadores os grandes responsáveis pela alienação popular, direcionadores da consciência do povo para resultados identificados com os interesses dos que sustentavam as atividades sofísticas. Portanto, em nome da mentira conseguiam provar o improvável, convencer as gentes aparentemente inocentes e levá-las a caminhos inseguros e insustentáveis, sem fundamento algum, inseguros e alienantes. Deste modo, cresceu a idéia, a cultura e a mentalidade de que era possível fazer comércio com as idéias, pensamentos e conhecimentos, trocando-os por dinheiro fácil, valores financeiros e bancários, garantidores da boa vida desses professores alienadores e sustentadores da corrupção ativa que reinava em suas épocas, ontem e hoje. Os Sofistas, mestres da falsidade e da hipocrisia. Não tinham grande moralidade. Sua ética eram as atitudes aberrantes e alienantes que desviavam do bom caminho pessoas inocentes, grupos e comunidades convencidas de que os Sofistas tinham razão. Uma razão sem verdade. Uma lógica sem certeza. Uma idéia sem caminho. Pois o caminho era o descaminho.
12. A Arte de enganar
Hoje em dia, a presença dos Sofistas se faz nos partidos políticos e sua rede de intercâmbios culturais, nas ideologias estudantis e sua teia de relações sociais, na apologia das estruturas governamentais e seu modo de criar impostos e taxas para sustentar seus interesses em jogo, na defesa de secretarias e ministérios e sua maneira de aumentar ou diminuir a verdade dos fatos, na construção de ONGs e suas intencionalidades obscuras quando o que vale é a alienação popular, a indiferença dos mestres e a relativização dos fenômenos cotidianos, na desconstrução da transparência ética e espiritual em nome de ações desvirtuosas, de atividades transtornadas e de atitudes cujos distúrbios atingem a mente de cidadãos e cidadãs aparentemente inocentes, na definição de argumentos alienantes e de retóricas violentas e de discursos agressivos, na preparação de eventos, shows e espetáculos quando o objetivo é usar das palavras e ideologias para ganhar dinheiro ou lucrar de alguma maneira com a inocência das gentes, enfim, quando se tenta enganar a sociedade a fim de se garantir privilégios de autoridades, interesses de líderes ou as boas ou más intencionalidades de poderosos e governantes desejosos de créditos, favores e benefícios a partir da enganação do povo e seu jeito de acreditar em tudo que vê, ouve e assiste. Assim operam os ideólogos sofistas atualmente. Sempre reproduzindo um comportamento pouco ético, negligente na espiritualidade, de moral baixa e fraca, e de práticas que enfatizam o desvo da linguagem e a aberração dos discursos. Os Sofistas são modernos.
13. Quando as palavras valem dinheiro
A Atividade Sofística rendia grandes lucros, favores em dinheiro e benefícios de capital elevado quando seus mestres como Górgias, Protágoras e Isócrates saiam para fazer seus discursos de alto valor financeiro, bastante apologético pois defendiam, como advogados de plantão, os interesses de seus financiadores, argumentando muitas vezes sem um compromisso com a verdade da realidade, discurso igualmente sem fundamento algum, persuadindo seus ouvintes e interlocutores sobre as boas ou más intencionalidades dos líderes e governos, compradores de sua retórica sabida mas sem sabedoria alguma, já que os professores da incerteza e definidores da indefinição das idéias, advogados principalmente da dúvida argumentativa, indeterministas de plantão e céticos acima de tudo – porque entravam em choque com a filosofia tradicional grega que mais tarde consagrou Sócrates, Platão e Aristóteles – viajavam para capitalizar recursos para seus desejos e necessidades, verdadeiros cambistas de teorias que expulsavam a verdade real e atual de seus aparatos discursivos desviantes da boa transparência das virtudes e cujas aberrações alienavam o povo do que realmente estava acontecendo ora na política e na sociedade, ora na economia e na cultura em geral. Deste modo, a Sofística cresceu “inventando” idéias, produzindo uma lógica filosófica que iria agradar às futuras gerações. Foi assim que os docentes da Sofística ficaram famosos por defender quase que uma filosofia popular de grande sustentação doutrinal apesar da relatividade de seus discursos. Nascia então a Sofística.
14. Semear a dúvida
15. Trabalhar com a incerteza
16. O jogo descartável das letras
17. Contra o outro lado: a Insofismalidade
18. Um mundo indeterminado
19. Um universo indefinido
20. Parece que reina o nada e impera o vazio
21. Individualistas sim
22. A Sofística
domingo, 8 de janeiro de 2012
A Escola Móvel
A Escola Móvel
Projeto Alternativo de Aprendizagem
O Ensino Interativo e Compartilhado
1. As Aulas Presenciais e
o Ensino a Distância
Seus ambientes móveis, mutáveis e rotativos tornam o processo de ensino-aprendizagem mais renovado e liberto de suas prisões ideológicas e escravidões psico-sociais, possibilitando então a criatividade dos estudantes e a produtividade dos professores, a flexibilidade de seus coordenadores e funcionários, a legalidade de suas transparências comportamentais e a legitimidade que a própria sociedade lhe confere, reconhecendo nessas atividades móveis de educação a porta aberta para uma outra realidade social, política, econômica e cultural em nosso país.
Tal clima renovador e libertador de diferentes possibilidades e alternativas se observa em suas aulas presenciais e em suas práticas de ensino a distância, o que reflete hoje as exigências do mundo moderno nessa área, os desejos das comunidades educacionais envolvidas e as necessidades de crescimento interior e exterior por parte daqueles e daquelas que abraçam essa idéia e a transformam em esperança de vida melhor para a humanidade.
2. A Educação Aberta,
Construtiva e Processual
Em função de uma filosofia de mudanças permanentes e movimentos contínuos, a Escola Móvel se realiza por meio de uma pedagogia com orientações abertas, construtivas e processuais, onde a produção do conhecimento é criativa e interativa, que encontra no compartilhamento de seu repertório de conteúdos o sentido de sua existência e a razão de sua mobilidade e mutabilidade, raiz de seus trabalhos cooperativos e fonte de sua dinâmica colaborativa, geradoras de ricos debates e excelentes discussões descobridoras de novas idéias e consciências, de experiências emergentes e práticas emancipadoras que possam trazer favores e benefícios para a sociedade, como o seu progresso material e espiritual, uma diversa visão da sua realidade, boa saúde individual e bem-estar coletivo, equilíbrio mental e social, conscientização de suas realidades políticas, econômicas e culturais, uma nova cultura do bem e da paz para os seus ambientes antes dominados pela violência e a agressividade, e uma diferente mentalidade fundada em atitudes amigas e generosas, fraternas e solidárias.
Tais os objetivos centrais da Escola Móvel e suas conseqüências na experiência real cotidiana.
3. A Aprendizagem em Movimento
Cursos de Alfabetização, aulas de informática ou de ensino supletivo e programas de especialização e capacitação profissional, bem como a graduação e pós-graduação de faculdades e mestrados e doutorados de universidades diversas, serviços de orientação psicológica, espiritual e educacional, práticas de estágio ou exercícios de ensino-aprendizagem, operações físicas e mentais, e demais atividades da Escola Móvel, podem ser ministradas e concretizadas em casa e no trabalho, no escritório e no consultório, nas ruas e praças da Cidade, nos shoppings e supermercados do bairro, nos hotéis e restaurantes da região, em suas ferroviárias e rodoviárias, nos heliportos e aeroportos, nas lan houses e cybercafés distribuídos por suas localidades, através do rádio e da televisão, do telefone celular, do computador e da internet, dos CDs e DVDs, dos audiovisuais e teleconferências, dos torpedos e mensagens instantâneas, das redes sociais e comunidades virtuais tais como o Twitter, o Orkut, o Youtube, o Facebook, o MySpace, os blogs e emails e os sites das redes mundiais de computadores, tudo isso pois em tempos e espaços diferentes, contudo sempre articulando o movimento constante de professores e estudantes cujos efeitos cotidianos certamente serão um ensino de qualidade com perspectivas de progresso no presente e no futuro.
4. A Pedagogia da Interatividade
Parangolé: um exemplo de ensino móvel, aberto, mutável, interativo, construtivo e compartilhado
De acordo com o artista Hélio Oiticica, o Parangolé – uma forma de arte ou uma manifestação cultural que extrapola a própria obra de arte – é um paradigma exemplar que serve como instrumento gerador de diversas possibilidades, alternativas e oportunidades para todas as matérias e disciplinas da educação, possuindo pois uma pedagogia, didática, avaliação e programação próprias
Um Diferente e Alternativo Modelo de Ensino-Aprendizagem
Educação Aberta
O Processo Permanente de Construção Interativa do Saber Compartilhado
A Pedagogia das Possibilidades de Geração de Novos Conhecimentos Libertadores
Professor e Aluno interagem, cooperam entre si, em mútua colaboração, compartilhando seus próprios conteúdos culturais
Como o Mestre, o Estudante é também co-Autor e co-Construtor da Aprendizagem
Este Modelo Pedagógico é Aberto, Construtor, Processual, Renovador, Permanente, Libertador
Nele, todos crescem, progridem e evoluem
A Criatividade é a Ferramenta da Produção do Conhecimento
Em si, o saber é incompleto, precisando ser completado, suplementado, replementado, enriquecido e aperfeiçoado constantemente por ambos, docente e discente, em um processo sem fim de construção de seu conteúdo e essência
Aqui e agora, sobressai a pessoa do estudante, como agente pedagógico criador de novas possibilidades
Unindo a vida com a pedagogia, então se complementa o ensino e seu movimento contínuo de aprendizagem, acrescentando-lhe outros repertórios de interação e comunicação tais como o texto de redação e a leitura, a galeria de fotos e a música, o audiovisual e o filme de cinema, os vídeos em forma de documentários e as imagens de um projeto de boa educação, a dança e o teatro, o rádio e a televisão, o computador e a internet, os jogos eletrônicos e o esporte e o lazer, as mensagens instantâneas e as teleconferências
Baseia-se em uma filosofia de vida processual construtivista
Seu trabalho educacional é articular diferentes saberes que liberem novos conhecimentos
Eterno é o seu projeto pedagógico tendo em vista que a vida e a construção do homem e da mulher são eternas
Com anseios infinitos, deseja sempre criar e co-criar novas idéias, construir e co-construir diferentes conhecimentos, a partir do intercâmbio professor-aluno
Como processo em construção permanente, caminha sempre, destruindo jamais
Tem uma visão da realidade aberta onde interpreta os acontecimentos procurando sempre superá-los, transcender os seus limites e ultrapassar as suas fronteiras temporais e históricas, reais e atuais, locais e regionais, globais e universais
Como tendência presente e futura, não se basta a si mesma, todavia vive a possibilidade, busca alternativas e gera oportunidades, sempre construindo o conhecimento
Faz da sua abertura ao saber uma opção pedagógica capaz de se renovar com constância e de se libertar crescentemente à medida em que outras possibilidades se experimentem, novos conteúdos se acrescentem e diferentes repertórios lhe sejam adicionados
Planeja como meta chegar à felicidade e bem-estar da sociedade e como resultados imediatos atingir a cultura do bem e da paz e a mentalidade sem violência ou agressividade
Com dinâmicas de grupo e debates em sala de aula, pesquisas individuais e coletivas, monografias e leituras silenciosas aspira assim produzir seus conteúdos de saber e repertórios de conhecimento de qualidade e excelência
Sua produtividade é obtida com o ponto de vista de cada um, com a participação de todos inclusive da comunidade de amigos e moradores em volta da escola
No movimento, a sua marca
Na interatividade, o seu propósito
No compartilhamento, a sua riqueza
Na criatividade, a sua possibilidade
Nos novos conteúdos, a sua diferença
Na co-autoria, a sua beleza
Na co-construção, a sua grandeza
No intercâmbio, a sua abertura
Na renovação, a sua libertação
Respeitar as diferenças, valorizar os pequenos detalhes e observar as pequenas coisas é uma das condições indispensáveis impostas pelos administradores da educação aberta
Nos exercícios físicos e mentais, e nas operações materiais e espirituais, deve sempre prevalecer a ordem e o equilíbrio da mente, a disciplina ética e espiritual e a organização das emoções vividas e dos sentimentos praticados, bem como o controle consciente e racional e o domínio de si mesmo
Na prática cotidiana, todos devem ajudar-se uns aos outros, satisfazendo os desejos de uns e realizando as necessidades de outros
Que o otimismo de vida e o pensamento positivo, assim como o alto astral e a auto-estima elevada sejam as prioridades no relacionamento entre as pessoas, sejam elas os profissionais de educação como diretores, coordenadores, inspetores, orientadores, planejadores, programadores, professores e professoras, ou os estudantes e funcionários dessa casas de ensino e ambientes de aprendizagem
No amor recíproco e na interdependência de relações, nos encontros interpessoais e nos diálogos intercambiais, na cooperação interativa e na colaboração compartilhada, reinem sempre o bem que se deve fazer e a paz que se deve viver, a bondade que constrói e a concórdia que acalma e tranqüiliza
No império dos valores da boa consciência, das virtudes da boa ética comportamental e das vivências morais e experiências espirituais que todos devemos ter privilegiem-se a fé em Deus e a oração ao Senhor, fundamentos de uma boa vida e garantias seguras de uma ótima existência
Que o sorriso produtor de esperança e a alegria curadora de todos os males sejam partes integrantes do cotidiano das escolas e das atividades que nelas se operam com freqüência diariamente
Praticando a justiça no compromisso responsável de pessoas direitas, todos mantenham o respeito mútuo, ajam com juízo e usem o bom-senso, gerando liberdade em seus deveres e obrigações cumpridas e produzindo felicidade no abraço aos direitos que todos devem compreender e venerar
Na busca do conhecimento verdadeiramente possível, professores e estudantes encontrem a sua saúde mental e o bem-estar pessoal e social
Ao pensar idéias e valores, discernir símbolos e imagens e conhecer outros conteúdos do saber, os interesses públicos e as intencionalidades coletivas sejam preferidos em suas práticas pedagógicas
Nesse campo de atividades e relacionamentos educativos, deve-se enfatizar as ações fraternas e as atitudes solidárias, as boas amizades e a generosidade dos comportamentos
Um exemplo da aplicação dessa Pedagogia da Interatividade é considerarmos o fato da “Independência do Brasil” às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, e rechear a sua abordagem e colorir o seu conteúdo com apresentações de trabalhos e pesquisas sobre o tema, através de vídeos e audiovisuais, concursos de redação, painéis de fotos e imagens, conferências e debates com assuntos diversificados, criação de músicas de cunho popular, filmes de cinema com títulos interessantes e atraentes, jogos educativos, produção de blogs e sites da internet, palestras na rádio globo, programa na TV Bandeirantes, representações teatrais enfatizando as principais figuras como o Imperador Dom Pedro I, o Patriarca José de Alencar, Dom João VI, a família real portuguesa, os indígenas brasileiros, e assim por diante.
Esses fluxo de conhecimentos proporcionados e seu complexo de informações e comunicações serviriam de ilustrações para esse acontecimento tão importante para o Brasil, de tal modo que com essa luz mental se entenderia melhor o seu episódio, se observaria os vários ângulos de sua compreensão, se aumentaria o saber em torno dele, se dilatariam as várias interpretações sobre essa realidade, se obteria um outro, novo e diferente olhar sobre a história do Brasil.
Com esse panorama global e diferencial sobre o fenômeno real e histórico em referência, teríamos então um maior conhecimento acerca dele.
Tal é o Parangolé, a Pedagogia da Interatividade.
Na origem do Parangolé está a preocupação de fazer os estudantes interagirem com o professor a fim de se possibilitar a produção do conhecimento cujo processo é permanente, criativo, evolutivo, aberto, renovador e libertador, alcançando outros, bons, novos e diferentes conteúdos capazes de propiciar saúde pessoal e bem-estar coletivo para todos e cada um dos que assumem o compromisso responsável de gerar liberdade de criação, a partir da qual se constrói a cultura do bem físico, mental e espiritual e suas conseqüência na vida cotidiana para a qual contribuem as variadas funções e diversos recursos de elucidação e esclarecimento de seu repertório rico de saberes então compartilhados.
Nesse movimento de aprendizagem, o ensino se torna mais eficaz e produtivo, mais claro e lúcido, mais rico e desenvolvido, mais qualificado e excelente.
Eis sua constante abertura a novas possibilidades e diferentes alternativas de conhecimento.
Nessa proposta de ensino aberto, a aprendizagem se renova a cada instante e se libertam os talentos de cada um, e o carismas se complementam criando novas e diferentes possibilidades de co-construção do conhecimento, fazendo então a verdadeira diferença que caracteriza essa pedagogia intercambial, que faz da interação de professores e estudantes o caminho certo para o compartilhamento de seus conteúdos produzidos tendo em vista o crescimento de todos, o enriquecimento das matérias e disciplinas e o aperfeiçoamento do saber agora bem pensado, bem discernido e bem gerado como outro repertório cultural de conhecimentos adquiridos.
Nessa abertura cheia de alternativas e possibilidades, reina a diferença, a co-autoria entre mestres e alunos transformando a cultura e sua essência renovadora e libertadora em fonte de saúde pedagógica e bem-estar educacional para todos e cada um dos envolvidos nesse processo de educação aberta, propiciadora das diferenças criadoras que com seus detalhes construtivos faz a educação avançar, progredir bem e evoluir com qualidade de vida e excelente trabalho de interatividades que se complementam, esclarecendo assim a temática em referência, elucidando seus objetivos finais e evidenciando as suas raizes responsáveis pela luz do conhecimento obtido.
No Parangolé, imperam as diferenças.
Dos discentes, alunos, discípulos e estudantes esperam-se a sua co-autoria de idéias e a sua co-construção de conhecimentos, o que se dá através dos debates dentro e fora da sala de aula, das pesquisas individuais e coletivas, das monografias solicitadas pelos mestres, das apresentações discursivas e participativas, dos trabalhos de grupo, dos audiovisuais visualizados, das representações teatrais em torno do tema, das danças sobre o assunto em referência, das músicas geradas em prol da mensagem que se tenta oferecer, das criações artísticas e literárias, das atividades esportivas, recreativas e de lazer, e assim por diante.
Esse jogo interpessoal de conteúdos que se produzem e se complementam, o intercâmbio de culturas diversas e mentalidades diferentes, o fluxo de interatividades que colaboram entre si, o complexo de matérias e disciplinas compartilhadas e a cooperação mútua aliada com a reciprocidade de intenções e interesses semelhantes ou não, faz da pedagogia do parangolé uma novidade que precisa ser cultivada, explorada, enriquecida, desenvolvida e aperfeiçoada por todos os que comungam e participam de sua geração e propagação, transformando-o positivamente em ferramenta de renovação pedagógica e instrumento de libertação dos exercícios educacionais que então se empreendem.
O Parangolelismo pedagógico e sua teia interativa com sua rede de intercâmbios culturais e mentalidades compartilhadas é responsável pela boa qualidade de sua produção educacional, determinadora dos seus ótimos conteúdos de conhecimento e das idéias fecundas e profundas que faz surgir, causando entre os que dele participam e com ele comungam saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual, a partir de que é possível a construção de uma sociedade mais livre e feliz, mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, de bem com a vida, que faz do seu amor pleno pela educação das pessoas o sentido de sua vida e a razão de seu existir.
5. A Didática da Mudança
Por meio de debates e pesquisas individuais e coletivas, leituras silenciosas e monografias(redações), apresentações e audiovisuais, mensagens instantâneas e teleconferências, notícias de rádio e programas de televisão, uso do computador e a internet, sites e blogs, emails e chats(salas de bate-papo), redes sociais e comunidades virtuais, trabalhos de grupo e provas, testes e exercícios, opera-se a didática de ensino móvel, cuja mobilidade e mutabilidade ajudam na construção de uma rede interativa de relacionamentos de qualidade e de uma teia de compartilhamento de conteúdos de conhecimentos de excelência, o que enriquece a boa aprendizagem dos estudantes e aprimora a ótima produtividade dos professores, tornando pois o sistema pedagógico de ensino bem mais saudável e agradável, onde todos e cada um através de sua natural criatividade e de seus dons, talentos e carismas, pode buscar uma vida escolar de grandeza social e de beleza universal.
Da mudança, pela mudança e para a mudança vive-se o desenvolvimento de uma educação voltada para o condicionamento de atitudes de bem e de paz, fraternas e solidárias, amigas e generosas.
Desse modo, construiremos a sociedade do conhecimento e seu mundo de possibilidades interativas e de alternativas de compartilhamento, em que a vida humana se transforma em uma metamorfose de conteúdos bem repartidos e distribuídos.
Então, nos tornamos processo, processo em construção, construção da bondade nas relações e concórdia nas atividades que empreendemos.
6. O Professor Perambulante
À Semelhança do filósofo grego Aristóteles(século VI a.C.), que, na sua escola o Liceu ensinava caminhando, circulando pelas ruas, praças e avenidas de Atenas, andando em volta da Cidade, perambulando ao mesmo tempo em que ministrava as suas aulas de biologia, ciência natural, lógica, metafísica, matemática e outros, também nós integrantes da Pedagogia Móvel devemos tomar consciência da necessidade de nos mobilizarmos tendo em vista a qualidade do ensino oferecido, a excelência do seu conteúdo bem produzido, a eficiência da didática da aprendizagem, a riqueza dos resultados obtidos, o aperfeiçoamento do seu processo construtivo, o aprimoramento de sua gestão bem sucedida, o que na verdade contribui para o fortalecimento dos princípios éticos e espirituais de uma sociedade, a consolidação de suas bases científicas e psicológicas, a estabilidade das razões que fundamentam tal prática educacional, e sem dúvida a crescente conscientização de sua liberdade, fonte da sua verdadeira felicidade.
Na Educação Móvel, por conseguinte, o mestre é ambulante, indo e vindo em suas andanças pedagógicas, perambulando em diversos tempos e lugares, em diferentes momentos e situações da vida cotidiana, nas circunstâncias fáceis e difíceis e até aparentemente impossíveis, quando agora interfere no processo de conhecimento de seus alunos e alunas, aumentando o seu repertório de saberes e o contingente de conteúdos qualificados, fazendo assim desse movimento de ensino e aprendizagem o caminho para o sucesso vocacional e o bem-estar profissional de todos os envolvidos nesse ambiente de créditos, favores e benefícios educacionais, razão de uma vida com sentido e de uma existência livre e boa de se viver, feliz em si mesma.
O Professor Perambulante é então o interventor pedagógico que gera a boa educação de todos, seja ela a partir de uma base de conhecimentos adquiridos seja em função de uma ética comportamental bem desenvolvida ou seja ainda de acordo com a espiritualidade natural ali bem articulada, transformando docentes e discentes em agentes de mudança, ferramentas de transformação e instrumentos de abertura das consciências envolvidas, de renovação das culturas e mentalidades participantes e de libertação dos corpos, mentes e espíritos daquelas pessoas que fazem da mobilidade do ensino a porta da liberdade de suas vidas de cada dia, princípio da autêntica felicidade que passam desde então a administrar.
7. O Aluno Nômade
Estar sempre em movimento, eis a inteligência do estudante, o seu trabalho constante, a sua atividade permanente, a partir do qual ele constrói a sua vida de liberdade, de sonhos que se realizam, de realidades novas e diferentes, de felicidade com bem-estar, de saúde com otimismo, de alegria com positivismo, de equilíbrio com bom-senso, de respeito com responsabilidade, de bondade com concórdia, de vida com amor, de bem com paz, de verdade com justiça, de direito com transparência, de fraternidade e solidariedade, de amizade e generosidade, sempre construindo – e jamais destruindo – a experiência cotidiana, criando condições saudáveis de existência para todos, interagindo para gerar as boas coisas da vida, compartilhando para enriquecer os conhecimentos das pessoas, colaborando para que a criatividade se desenvolva, os talentos se reproduzam, os dons e os carismas sejam postos em prática, as vocações naturais surjam e o seu lado profissional se articule com outras alternativas de trabalho, com novas possibilidades de emprego e com diferentes tendências do mercado atual.
No cotidiano, alunos e alunas se mobilizam para estudar bem, criar boas idéias, atingir ótimos conhecimentos em função de um razoável discernimento, sempre pois fazendo a diferença entre os seres e as coisas, pensando bem a cada momento, fazendo de cada instante uma oportunidade para progredir na vida, e evoluir com a certeza de que está no caminho certo, o caminho bom da boa educação, do respeito às pessoas, da responsabilidade por seus atos, e sobretudo por uma vida de inteira oração a partir de que Deus, o Senhor, terá vez e voz na sua vida, favorecendo-lhe continuamente com seus inúmeros benefícios, grandes graças e gigantescas maravilhas sem fim durante toda a sua jornada terrestre e celeste, temporal e eterna, histórica e infinita.
Na condição de nômades, os estudantes podem movimentar a vida lá fora buscando sempre em si, de si, por si e para si a fonte de toda essa dinâmica de processos interativos e construtivos, abertos e libertos de todos os obstáculos da mente e do corpo, de todos os preconceitos e superstições morais e religiosas.
O Movimento liberta as pessoas.
O fato de ser nômades transforma os estudantes em metamorfoses ambulantes, agentes de mudança e mobilização social, ferramentas de transformação política e econômica, e instrumentos de libertação social e cultural, fazendo sempre emergir para realidades mais saudáveis e agradáveis o conjunto de suas comunidades, a totalidade da sociedade e a globalidade de toda a humanidade.
Nesse sentido, o nomadismo dos estudantes torna-se elemento de transformação social, de emergência das consciências e de emancipação das liberdades humanas individuais e coletivas.
Em movimento, somos livres.
Livres, somos felizes.
8. Conhecimentos Compartilhados
Com o advento em nossos dias atuais do fenômeno da globalização no mundo inteiro, a vida humana passou a ser mais interligada, interativa e compartilhada, fazendo-se desde então intercâmbios de idéias e conhecimentos, de culturas e mentalidades, de valores e virtudes, de consciências e experiências, de vivências e existências, de teorias e práticas, sempre com a boa intenção de assim trazer progresso para as pessoas, saúde e bem-estar para as comunidades, bem e paz para as sociedades, liberdade e felicidade para toda a humanidade.
Temos crescido desse modo ultimamente.
Também a aprendizagem móvel percebeu tal necessidade de cooperação mútua entre grupos e indivíduos, e a colaboração recíproca, de tal modo que hoje aqui e agora os homens e as mulheres satisfazem mais os seus desejos e realizam melhor as suas necessidades, trazendo pois a todo o Planeta Global boa qualidade de vida e excelente repertório de saberes, maior transparência em suas atitudes e ótimo aperfeiçoamento de seus pensamentos criativos, de seus sentimentos românticos e de seus comportamentos razoáveis, justos e equilibrados.
Assim mobilizados, os gestores e colaboradores da Escola Móvel empenham-se atualmente em fundamentar seus conteúdos gerados, propagá-los com bons interesses de desenvolvimento em conjunto e consolidá-los no interior da sociedade, que agora vê nesse compartilhamento rico e quase perfeito a chance de melhorar os seus ambientes de vida e a oportunidade de produzir alternativas de felicidade para todos e cada um a partir é claro das possibilidades de liberdade respeitosa e responsável que juntos e unidos procuramos adquirir.
Nasce assim pois o Conteudista, o produtor de conteúdos.
9. Produtores de conteúdos novos e diferentes
O Conteudista – profissional competente que produz conteúdos de conhecimento de qualidade e excelência reconhecidos pelo mercado – é hoje não só uma novidade no Ensino Móvel como também uma necessidade dos tempos modernos sobretudo na área de educação fundamental, média e superior, porque esse profissional aumenta o repertório do saber em determinado sistema pedagógico, qualifica o conhecimento, sempre enriquecendo-o e aperfeiçoando-o, aprimora a visão que a partir de então temos da realidade da experiência cotidiana, abre-nos para as novidades da natureza e do universo, renova a nossa vida física e mental, material e espiritual, e liberta-nos sempre de preconceitos tradicionais e superstições antigas que bloqueiam a busca do pensar, do conhecer e do discernir, ajudando-nos pois a levar uma boa vida dentro da existência humana e social, política e econômica, cultural e ambiental.
Um professor ou outro qualquer que tenha competência e qualidade pode ser um Conteudista, o responsável direto e indireto pelo aprimoramento de nossos conhecimentos em todas e quaisquer situações de vida pedagógica, contribuindo portanto para a evolução da ciência e da tecnologia, o progresso da educação em todos os sentidos, o desenvolvimento das matérias e disciplinas da escola como também os seus programas e planejamentos de curso e de aula semestrais e anuais.
Com novos e diferentes conteúdos que se produzem, avançamos nas nossas boas idéias, crescemos na ótima interpretação dos fenômenos da consciência e da experiência, vivemos melhor a realidade cotidiana, procuramos mais a nossa saúde individual e bem-estar coletivo, caminhamos emergentemente para uma vida de fraternidade e solidariedade, construtora de boas amizades a partir da nossa feliz generosidade mútua em função da qual é possível condicionar um presente e futuro equilibrado, racional e cordial para toda a humanidade.
10. A Metamorfose Pedagógica
As transformações na educação contemporânea que ora se verificam refletem as exigências da história atual, as necessidades da vida humana presente e os desejos de homens e mulheres que aspiram por um novo modelo pedagógico de ensino onde se observe os fatores de mobilidade, mutabilidade, transparência ética, valores morais e virtudes espirituais, nova visão da realidade, diferente interpretação dos seres e das coisas, outro olhar sobre os ambientes de vida em que vivemos, interatividade de pessoas, compartilhamento de conhecimentos, produção de bons conteúdos de saber, progresso material e espiritual, evolução física e mental, crescimento interior e exterior, desenvolvimento sustentável, ordem mental, disciplina racional, organização das idéias e vivências, equilíbrio mental e emocional, controle da mente, domínio de si mesmo, juízo e bom-senso, globalização, cultura ambiental e ecológica, capacitação técnica e orientação vocacional e profissional, criatividade, investimento nos dons, talentos e carismas de todos e cada um, satisfação de desejos e realização de necessidades, enfim, intenções e interesses da sociedade moderna, os quais encontram na Escola Móvel uma oportunidade de concretizar esses objetivos e experimentar essas finalidades assumidas responsavelmente pela Pedagogia de hoje, comprometida de fato com a saúde e o bem-estar da humanidade cuja alavanca de liberdade, fonte da verdadeira felicidade, está na educação, raiz de uma boa vida social, política, econômica e cultural, a começar pelas crianças e adolescentes, os jovens estudantes do ensino médio e fundamental, e superior.
Tais exigências do contexto temporal atual, em suas localidades específicas e em suas regiões globalizadas, torna a Escola Móvel um motor articulador e propiciador de desenvolvimento em todas as camadas sociais, em cada uma das instituições constituídas pelo Poder Público e em quaisquer áreas da vida humana que vêem na educação a chave do sucesso e o segredo da felicidade.
Que a Escola Móvel nos ajude a realizar essas boas idéias.
11. Uma Nova Visão da Realidade
Os defensores da Escola Móvel – professores, pedagogos e especialistas em educação – olham a realidade de uma outra maneira, tentando compreender os sinais dos tempos atuais que refletem as exigências do mundo moderno, as necessidades presentes da vida humana e os desejos emergentes e emancipadores de quem luta por um ensino melhor para os estudantes, pela qualidade dos conteúdos apresentados, pela renovação dos conhecimentos sugeridos e pela libertação de tradições pedagógicas que atuam apenas como preconceitos mentais e superstições dogmáticas, travando pois o processo evolutivo dos sistemas educacionais espalhados por toda parte e bloqueando à vista de todos o progresso das escolas e sua diferente observação dos ambientes reais das instituições de ensino, procurando portanto a partir de agora não só reformar o modo de apresentar a educação mas sobretudo revolucionar a consciência pedagógica em geral, a cultura de hoje dos mestres e alunos, propagando então uma diversa mentalidade educacional onde sobressaiam os direitos e as necessidades de todos, os favores e benefícios da boa aprendizagem, o ensino de maior qualidade e sua melhor estratégia de crescimento, a excelência da didática e os ótimos resultados de uma política de educação mais razoável e equilibrada, mais positiva e otimista, que possa a partir desse momento resgatar os bons valores da consciência docente e as ótimas virtudes do comportamento estudantil, aprimorando assim as vivências escolares e aperfeiçoando os sentimentos da sociedade em relação à prática de ensino, bem como enriquecendo o olhar mais fértil, mais fundo e mais profundo dos responsáveis e gestores dessa nova proposta educacional, a Escola Móvel.
Tais são as boas perspectivas desse novo paradigma de ensino.
Eis as esperanças para todos, sobretudo mestres e estudantes, de um presente de mais qualidade para a educação moderna e um futuro de mais excelência para a pedagogia descentralizadora, móvel, mutável, dinâmica, operadora, ativa, nova e liberta de uma tradição cultural que até o presente instante só vem prejudicando os novos modelos de educação, antes paralisados por ideologias estáticas, teorias imóveis, pensamentos inconstantes e valores educacionais hoje já ultrapassados, superados pela urgência do momento atual, o qual exige novas mudanças para a educação tendo em vista qualificar o ensino e aperfeiçoar o projeto de ensino-aprendizagem, tão indispensável em nossos instantes de aqui e agora.
Renovemos pois a educação.
Procuremos ouvir os apelos da sociedade moderna.
Escutemos a voz do tempo e da história.
E então nos mobilizemos, tomando consciência de nossas responsabilidades ao mesmo tempo em que fazemos uma opção radical pela qualidade da estrutura pedagógica e com o seu novo sistema libertador, a que chamamos a Escola Móvel.
12. A Abertura a outras possibilidades
O Exemplo da Educação Móvel oferece muitas possibilidades de trabalho interativo e compartilhado dentro das áreas política, econômica, social, cultural, ambiental, artística, científica, tecnológica, histórica, filosófica, moral e religiosa.
Seus raios de possibilidades são verdadeiras alternativas de conscientização da importância da mobilidade e da mutabilidade hoje aqui e agora no mundo contemporâneo, o que certamente trará grandes créditos, inúmeros favores e imensos benefícios a todas as sociedades humanas engajadas nesse Projeto Alternativo de Aprendizagem onde todos e cada um são respeitados nas suas diferenças, valorizados nos seus pequenos detalhes e reverenciados nas pequeninas coisas que fazem, proporcionando então ao conjunto de toda a humanidade a curtos, médios e longos prazos um maior bem-estar individual e coletivo, mais saúde mental, física e espiritual, melhor qualidade de vida, mais oportunidades de bom trabalho e trabalhar bem em prol do bem e da paz de todos os seres humanos que habitam esse Planeta Terra.
Seus efeitos temporais de certo modo atingirão a eternidade.
Sim, seremos felizes para sempre.
Que Deus, o Senhor, logo, abençoe os frutos e conseqüências desse Projeto de Liberdade.
13. Favorecendo as boas tendências do momento
Se o contexto histórico e social apresenta certas tendências de comportamento, refletindo a consciência geral da sociedade, as idéias dominantes e as práticas cotidianas mais comuns exercidas pela população como um todo, então o que se cria, constitui e estabelece nesse ambiente propício deve reproduzir tais sentimentos tendenciosos, revelando-se um seguimento de tal experiência e sua moda política, social, econômica e cultural.
Igualmente o Ensino Móvel segue essa tendência do mundo atual.
Ele procura seguir os passos e compassos da sociedade contemporânea, dançando conforme a música que todos cantam e cada um estabelece como padrão de vida e regra social.
Busca pois então essa prática de ensino mobilizadora do povo em seu meio de vida e existência dinamizar a realidade cotidiana, animar os desanimados, alegrar os tristes, motivar os deprimidos, incentivar os aflitos e angustiados, entusiasmar a juventude e os espíritos com alma nova, desejosos de mudança no fluxo social e restauração do complexo sistêmico e estrutural da sociedade em que vivem.
Mobilizando-se como célula viva e ativa dessa sociedade dentro da qual se insere temporalmente, a Escola Móvel contagia os outros, inflama as pessoas, aquece o convívio, resgata o calor humano e recupera os ânimos antes sem vida dos que gerenciam o contexto escolar e administram a rede estudantil e a teia do magistério.
Assim, como motor que possibilita a energia do movimento, tal aprendizagem dinâmica sustenta a transformação do ambiente social, renova as culturas e liberta as mentalidades outrora prisioneiras de tradições insustentáveis hoje.
É mais um empurrão que a educação dá na sociedade tendo em vista levá-la ao progresso e ao desenvolvimento.
A Educação Móvel portanto é uma energia viva e ativa que redimensiona as atividades políticas, os exercícios do corpo e da mente, as operações financeiras e o processo de re-criação dos conhecimentos e re-construção das comunidades humanas.
Seu impulso é natural.
Sua alavanca é contextual.
Seu contexto é a história de cada dia.
14. Uma ótima alternativa de ensino
Entre tantos sistemas educacionais diferentes entre si, o ensino móvel é mais uma boa opção de vida pedagógica, com propriedades específicas que a diferenciam dos outros modelos existentes, como por exemplo a avaliação periódica baseada em testes e provas, pesquisas e trabalhos de grupo; a didática mutante cuja diversidade no tempo e espaço onde se encontra torna o ensino mais ágil, mais criativo, mais reflexivo, mais interessante, mais produtivo e mais agradável e saudável; a interdisciplinaridade em que as matérias e disciplinas propostas interagem entre si, compartilhando seus conteúdos e intercambiando os seus conhecimentos, enriquecendo assim pois o produto final de uma programação de ensino-aprendizagem onde a liberdade é a meta, e a felicidade o resultado desejado; essa mesma programação de curso com metas pré-definidas e resultados pré-determinados; o planejamento das aulas onde o plano de curso trimestral ou semestral é construído juntamente com a vida e a experiência adquirida em sala de aula, elaborando desse modo um processo de aprendizagem sempre aberto, construtivo, criativo, com imensas alternativas de ensino e inúmeras possibilidades de aperfeiçoamento dos conteúdos de conhecimentos apresentados, discutidos e assumidos diariamente durante esse movimento de aprendizagem; a criatividade nos conteúdos produzidos e nos pontos de vista debatidos; o respeito às diferenças de cada um, o que incentiva a participação do aluno, o qual então oferece a sua opinião construtiva, a sua crítica problemática e a sua dialética renovadora e libertadora; o valor dos detalhes na apreensão das matérias e na abstração das disciplinas, a partir de que se olha o que se aprendeu não mais apenas a partir do seu todo, porém principalmente em função de suas partes; a observação das pequenas coisas quando agora as mínimas posições são consideradas, os pequeninos objetos são valorizados e as mais fracas e humildes situações de vida são levadas a sério; enfim, todas as características dessa Pedagogia Móvel tornam a educação mais dinâmica e qualificada, mais respeitosa e transparente, mais autêntica e responsável, mais verdadeira e comprometida seriamente com uma política de aprendizagem onde a dignidade estudantil e a boa reputação do magistério são as realidades mais importantes.
Enfim, um ensino produtivo.
15. Um bom modelo de aprendizagem
Ao se observar que os alunos e alunas, após as suas aulas móveis, saem pelas ruas e avenidas de seus bairros debatendo os assuntos do dia a dia e discutindo os temas do momento atual em que vivem, a partir do que foi aprendido na escola, eis que se verifica a importância desse modelo de ensino onde se liga as matérias e disciplinas de sala de aula com a vida cotidiana, buscando-se desse modo transformar a realidade que nos envolve, renovando os seus ambientes de comunicação e relacionamento e libertando os seus agentes humanos de seus obstáculos mentais – como os preconceitos morais e as superstições religiosas – e bloqueios sociais, aberrações políticas e desvirtuamentos econômicos, como que querendo ajudá-los a abraçar uma vida melhor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, saudável no equilíbrio que tem e agradável no bom-senso que realiza, de respeito e responsável, livre e feliz, fraterna e solidária, amiga e generosa.
Através, portanto, da dialética das vivências e da crítica das idéias, procura-se criar boas condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, porque nessa tempestade cerebral em que se constroem os conhecimentos e se produzem novos e diferentes conteúdos de saber se encontra a raiz da liberdade, fonte da felicidade, o princípio gerador de um processo educacional de construção da cultura do bem e da bondade, e de uma mentalidade baseada na paz vivida e na concórdia praticada, alternativas boas para o desenvolvimento sustentável, possibilidades produtoras de diversas oportunidades de satisfação vocacional e realização profissional, instrumentos da boa sociedade e ferramentas do bom convívio humano e natural.
Por conseguinte, por meio dessa boa aprendizagem móvel, onde o conhecimento de junta e se une à vida, o saber se liga à experiência cotidiana, a teoria escolar se compromete com a prática do dia a dia, é possível se construir uma ótima sociedade do conhecimento e do compartilhamento, isso usando-se a crítica como caminho de libertação das idéias, utilizando-se a dialética como motor renovador de atitudes e restaurador de comportamentos outrora indispensáveis, elevando-se o debate dentro e fora de sala de aula ao nível do resgate da cidadania, da recuperação de direitos e da regeneração dos deveres e obrigações que devem ser efetivados, discutindo-se assim as idéias da vida e a vida das idéias, ligando-as aos bons valores da nossa consciência e às boas virtudes da nossa experiência, tornando nossas vivências diárias e noturnas os grandes canais do progresso da humanidade, sustentada pelos fundamentos de sua fé em Deus e confiança no Senhor.
16. O Respeito às Diferenças
Considerar o todo e as partes, valorizar a criatividade e os pontos de vista de cada um, os seus carismas e talentos, os seus dons naturais recebidos de Deus, as suas idéias novas e diferentes e os seus ideais de vida e esperanças de uma vida melhor, os seus desejos construtivos e as suas necessidades naturais e culturais, as suas opções políticas e os seus valores sociais e econômicos, as suas alternativas de trabalho e ensino e as suas possibilidades de conhecimento e aprendizagem, as suas diferenças de personalidade e os seus detalhes de caráter, as pequenas coisas que cada qual dá importância, os seus interesses públicos e privados e as suas intencionalidades racionais e conscientes, o seu cotidiano específico e o seu ambiente de amor e amizades cultivadas, a sua realidade interior e o seu mundo exterior, as suas aparências externas e as suas essências internas, os seus conteúdos prediletos e os seus contatos preferidos, o seu repertório cultural e a sua educação familiar recebida, os seus valores morais e a sua ética espiritual, enfim, olhar o estudante ou cada pessoa e toda a sociedade a partir das suas diferenças, respeitando-as sempre pelo que são e representam para nós e para os outros,
eis a via de liberdade que nos oferece o Ensino Móvel, base da verdadeira felicidade escolar, princípio da verdade libertadora e origem da saúde pessoal e bem-estar coletivo que devem gozar todos os cidadãos e cidadãs das sociedades humanas a que pertencemos.
Cultivar as diferenças dos alunos e alunas portanto é acender a chama da liberdade, de onde devem brotar o respeito mútuo e a responsabilidade social e ambiental.
De posse dessas diferenças, fundamentos da feliz liberdade, procuremos desenvolver a Escola Móvel, o princípio da felicidade livre.
17. O Valor dos Detalhes
A Vida humana e a realidade cotidiana são feitas de pequenos detalhes, que somados e multiplicados formam e constituem as estruturas da sociedade e seus sistemas políticos e institucionais, econômicos e financeiros, sociais e culturais.
Esses detalhes de vida ganham força quando se transformam em energias vivas que movimentam o comportamento das pessoas e seu mútuo relacionamento e suas recíprocas relações individuais e coletivas.
Detalhes como o trabalho de cada dia, as aulas da minha escola, o atendimento médico de doentes, a oração de um padre ou sacerdote na hora da missa, a viagem de ônibus ou metrô para o local de emprego, o beijo de um homem na sua mulher, o abraço de um amigo no seu companheiro, a palavra de consolo para quem está triste ou desanimado, a ajuda ao pobre ou necessitado, os conselhos que ouvimos de um aposentado ou pensionista do INSS, as brincadeiras de uma criança, os sonhos de um jovem adolescente, o bate-papo no jornaleiro, o programa de televisão que assistimos de vez em quando, as compras que ora e outra fazemos no supermercado ou no shopping do bairro, o repórter e as notícias que escutamos em nosso rádio de casa, o cafezinho e a água que bebemos no botequim da esquina, o pão e o leite que compramos na padaria para os nossos filhos, os remédios que adquirimos na farmácia aqui ao lado, o almoço e o jantar que provavelmente faremos amanhã no restaurante mais perto do meu apartamento, o jogo de futebol que veremos no maracanã no próximo domingo, os preparativos das escolas de samba para o carnaval do ano que vem, o mergulho semanal que realizamos na internet para produzir conteúdos de conhecimento e compartilhá-los com os amigos, parentes e familiares, através de sites, blogs e emails, enfim, a vida detalhada que vivemos em nossas experiências cotidianas, tudo isso nos possibilita tornar cabível a interação entre a vida e o conhecimento, a escola e a sociedade, o ensino e a existência, a aprendizagem e as comunidades humanas e sociais das quais participamos e com as quais comungamos todos os dias e todas as horas de cada momento e de todo instante, intercâmbio esse construtor de uma humanidade mais livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, respeitosa e responsável, sensata e equilibrada, qualidades tais que geram saúde e bem-estar para os grupos e indivíduos e populações inteiras que a constituem.
São esses detalhes existenciais que movem a educação móvel e a tornam ao mesmo tempo uma organização sistemática mobilizadora, ferramentas de mudanças e instrumento de renovação e libertação de estudantes e professores e seus agentes pedagógicos.
De detalhes pois vive a Pedagogia Móvel.
18. Observar as pequenas coisas
Pequenas coisas em nosso cotidiano escolar são as avaliações em aulas móveis, o debate de idéias e as discussões de assuntos e temas atuais, a freqüência e assiduidade dos estudantes, a boa vontade dos professores na condução da mobilidade do ensino e da mutabilidade da aprendizagem, a didática de boas análises dos cursos apresentados, a programação realista das matérias e disciplinas e o seu desenvolvimento curricular, o planejamento de aulas e cursos trimestrais, semestrais e anuais, a gerência das aulas, a boa administração dos diretores e seu quadro de funcionários, a interferência das comunidades no andamento escolar e no processo de construção de conteúdos e conhecimentos de qualidade, a co-autoria e a co-construção de alunos e alunas na elaboração das aulas e seu modo de ordená-las, discipliná-las e organizá-las, o salário do magistério e as suas boas condições de trabalho, a preocupação com a qualidade dos cursos e a boa produção da essência dos saberes a ser compartilhados, o estado constante de mobilização das comunidades estudantis, a ocupação com a transformação dos ambientes de ensino-aprendizagem, a metamorfose permanente das relações humanas e sociais estabelecidas entre todos os responsáveis pelo processo de construção da Escola Móvel, e assim por diante.
Ocupar-se com essas pequenas e grandes coisas pedagógicas, eis a chave do sucesso educacional e o segredo de sua qualidade docente e discente.
19. Renovar as Consciências
“Quem vive de passado é cemitério”, diz o ditado popular.
Para bem experimentar o presente e bem preparar o futuro, urge sempre renovar a mente com diferentes idéias e bons conhecimentos, ótimos valores e boas virtudes, sentimentos cordiais e atitudes racionais e realistas, comprometidas com a realidade da experiência cotidiana cujo campo é fértil, propício a novos ambientes e diferentes comportamentos, descobridor de outros talentos, dons bem seguros e carismas blindados, revelador da boa criatividade e da ótima produtividade, desvelador de verdades relativas e de certezas bem fundamentadas, de culturas fundas e profundas e de mentalidades baseadas no bem que se faz e na paz que se vive, no amor que se pratica e na vida que se cultiva, ordenador da inteligência, disciplinador da razão e organizador dos conhecimentos que se obtêm durante a vida.
Uma consciência renovada é aquela que tem uma outra visão da realidade diferente do comum da sociedade, um ponto de vista mais equilibrado que os outros, um pensamento mais criativo que os demais, uma boa interpretação dos seres reais e das coisas do dia a dia, um olhar mais fecundo sobre os acontecimentos de cada momento e sobre os fenômenos da vida de cada instante.
É a consciência aberta a novas possibilidades, a diversas alternativas de trabalho e diferentes oportunidades de crescimento interior e exterior.
É a cabeça sempre fresca, que supera preconceitos mentais, superstições religiosas e tradições morais, bem como sabe ultrapassar a confusão de idéias que de vez em quando se nos apresenta, e transcender desequilíbrios comportamentais, transtornos físicos e distúrbios da mente, desvios de caráter e aberrações da personalidade, falta de controle de suas paixões e emoções e ausência de domínio sobre si próprio.
Essa racionalidade equilibrada, que usa sempre o bom-senso em suas decisões e escolhas diárias, que abraça o bom juízo nos relacionamentos e a sensatez nas palavras refletidas e nas posturas assumidas, nas vivências de toda hora e nas práticas de cada situação vivida, nas circunstâncias mais difíceis e aparentemente impossíveis, nas condições naturais e culturais experimentadas de dia e de noite, enfim, a consciência do equilíbrio eficaz e do bom-senso eficiente, segura em si mesma, garantida por sua fé em Deus e confiança no Senhor, eis a cabeça boa que encontra no bem que vive a sustentabilidade de sua segurança e a garantia de uma existência bem fundamentada.
É a consciência divinamente humana.
20. Libertar-se de Tradições Insustentáveis
Os novos Modelos de Ensino-Aprendizagem – como a Escola Móvel – precisam se libertar de vez de preconceitos mentais, de valores ultrapassados, de teorias superadas, de superstições religiosas, de transtornos morais, de distúrbios da consciência, de desvios educacionais e de aberrações pedagógicas, que só desestabilizam tais Pedagogias Libertadoras, bloqueando pois as suas novidades metodológicas, a sua criatividade sistêmica, a sua abertura a novas idéias e conhecimentos, o seu fator renovador de atitudes e consciências ocupadas com o bem-estar de alunos e professores e demais agentes pedagógicos.
Superar esses limites preconceituais e tradicionais só trará benefícios para a educação.
Ultrapassar essas barreiras mentais e esses bloqueios ideológicos e psicológicos será sem dúvida um favor que faremos aos Sistemas Pedagógicos modernos.
Transcender as fronteiras da irrealidade e da irracionalidade, do desequilíbrio da mente, da falta de controle da consciência e da ausência de domínio de si mesmo, que não toleram o bom juízo e o bom-senso, eis um dever dos produtores de conteúdo, dos gestores educacionais, dos que tornam a interatividade de pessoas e o compartilhamento de seus conhecimentos e relacionamentos um instrumento de mudança no ambiente pedagógico, mudança para melhor, creditando-lhes assim pois os beneplácitos de um ponto de vista bem fundamentado, de princípios bem fundados, transformando portanto esses Modelos atuais de Libertação Educacional em um motivo a mais de crescimento para o país, de progresso para a sociedade, de evolução para a humanidade e de desenvolvimento das fontes sustentáveis presentes e futuras que agüentam o Planeta Global.
Abracemos pois a novidade permanente.
Projeto Alternativo de Aprendizagem
O Ensino Interativo e Compartilhado
1. As Aulas Presenciais e
o Ensino a Distância
Seus ambientes móveis, mutáveis e rotativos tornam o processo de ensino-aprendizagem mais renovado e liberto de suas prisões ideológicas e escravidões psico-sociais, possibilitando então a criatividade dos estudantes e a produtividade dos professores, a flexibilidade de seus coordenadores e funcionários, a legalidade de suas transparências comportamentais e a legitimidade que a própria sociedade lhe confere, reconhecendo nessas atividades móveis de educação a porta aberta para uma outra realidade social, política, econômica e cultural em nosso país.
Tal clima renovador e libertador de diferentes possibilidades e alternativas se observa em suas aulas presenciais e em suas práticas de ensino a distância, o que reflete hoje as exigências do mundo moderno nessa área, os desejos das comunidades educacionais envolvidas e as necessidades de crescimento interior e exterior por parte daqueles e daquelas que abraçam essa idéia e a transformam em esperança de vida melhor para a humanidade.
2. A Educação Aberta,
Construtiva e Processual
Em função de uma filosofia de mudanças permanentes e movimentos contínuos, a Escola Móvel se realiza por meio de uma pedagogia com orientações abertas, construtivas e processuais, onde a produção do conhecimento é criativa e interativa, que encontra no compartilhamento de seu repertório de conteúdos o sentido de sua existência e a razão de sua mobilidade e mutabilidade, raiz de seus trabalhos cooperativos e fonte de sua dinâmica colaborativa, geradoras de ricos debates e excelentes discussões descobridoras de novas idéias e consciências, de experiências emergentes e práticas emancipadoras que possam trazer favores e benefícios para a sociedade, como o seu progresso material e espiritual, uma diversa visão da sua realidade, boa saúde individual e bem-estar coletivo, equilíbrio mental e social, conscientização de suas realidades políticas, econômicas e culturais, uma nova cultura do bem e da paz para os seus ambientes antes dominados pela violência e a agressividade, e uma diferente mentalidade fundada em atitudes amigas e generosas, fraternas e solidárias.
Tais os objetivos centrais da Escola Móvel e suas conseqüências na experiência real cotidiana.
3. A Aprendizagem em Movimento
Cursos de Alfabetização, aulas de informática ou de ensino supletivo e programas de especialização e capacitação profissional, bem como a graduação e pós-graduação de faculdades e mestrados e doutorados de universidades diversas, serviços de orientação psicológica, espiritual e educacional, práticas de estágio ou exercícios de ensino-aprendizagem, operações físicas e mentais, e demais atividades da Escola Móvel, podem ser ministradas e concretizadas em casa e no trabalho, no escritório e no consultório, nas ruas e praças da Cidade, nos shoppings e supermercados do bairro, nos hotéis e restaurantes da região, em suas ferroviárias e rodoviárias, nos heliportos e aeroportos, nas lan houses e cybercafés distribuídos por suas localidades, através do rádio e da televisão, do telefone celular, do computador e da internet, dos CDs e DVDs, dos audiovisuais e teleconferências, dos torpedos e mensagens instantâneas, das redes sociais e comunidades virtuais tais como o Twitter, o Orkut, o Youtube, o Facebook, o MySpace, os blogs e emails e os sites das redes mundiais de computadores, tudo isso pois em tempos e espaços diferentes, contudo sempre articulando o movimento constante de professores e estudantes cujos efeitos cotidianos certamente serão um ensino de qualidade com perspectivas de progresso no presente e no futuro.
4. A Pedagogia da Interatividade
Parangolé: um exemplo de ensino móvel, aberto, mutável, interativo, construtivo e compartilhado
De acordo com o artista Hélio Oiticica, o Parangolé – uma forma de arte ou uma manifestação cultural que extrapola a própria obra de arte – é um paradigma exemplar que serve como instrumento gerador de diversas possibilidades, alternativas e oportunidades para todas as matérias e disciplinas da educação, possuindo pois uma pedagogia, didática, avaliação e programação próprias
Um Diferente e Alternativo Modelo de Ensino-Aprendizagem
Educação Aberta
O Processo Permanente de Construção Interativa do Saber Compartilhado
A Pedagogia das Possibilidades de Geração de Novos Conhecimentos Libertadores
Professor e Aluno interagem, cooperam entre si, em mútua colaboração, compartilhando seus próprios conteúdos culturais
Como o Mestre, o Estudante é também co-Autor e co-Construtor da Aprendizagem
Este Modelo Pedagógico é Aberto, Construtor, Processual, Renovador, Permanente, Libertador
Nele, todos crescem, progridem e evoluem
A Criatividade é a Ferramenta da Produção do Conhecimento
Em si, o saber é incompleto, precisando ser completado, suplementado, replementado, enriquecido e aperfeiçoado constantemente por ambos, docente e discente, em um processo sem fim de construção de seu conteúdo e essência
Aqui e agora, sobressai a pessoa do estudante, como agente pedagógico criador de novas possibilidades
Unindo a vida com a pedagogia, então se complementa o ensino e seu movimento contínuo de aprendizagem, acrescentando-lhe outros repertórios de interação e comunicação tais como o texto de redação e a leitura, a galeria de fotos e a música, o audiovisual e o filme de cinema, os vídeos em forma de documentários e as imagens de um projeto de boa educação, a dança e o teatro, o rádio e a televisão, o computador e a internet, os jogos eletrônicos e o esporte e o lazer, as mensagens instantâneas e as teleconferências
Baseia-se em uma filosofia de vida processual construtivista
Seu trabalho educacional é articular diferentes saberes que liberem novos conhecimentos
Eterno é o seu projeto pedagógico tendo em vista que a vida e a construção do homem e da mulher são eternas
Com anseios infinitos, deseja sempre criar e co-criar novas idéias, construir e co-construir diferentes conhecimentos, a partir do intercâmbio professor-aluno
Como processo em construção permanente, caminha sempre, destruindo jamais
Tem uma visão da realidade aberta onde interpreta os acontecimentos procurando sempre superá-los, transcender os seus limites e ultrapassar as suas fronteiras temporais e históricas, reais e atuais, locais e regionais, globais e universais
Como tendência presente e futura, não se basta a si mesma, todavia vive a possibilidade, busca alternativas e gera oportunidades, sempre construindo o conhecimento
Faz da sua abertura ao saber uma opção pedagógica capaz de se renovar com constância e de se libertar crescentemente à medida em que outras possibilidades se experimentem, novos conteúdos se acrescentem e diferentes repertórios lhe sejam adicionados
Planeja como meta chegar à felicidade e bem-estar da sociedade e como resultados imediatos atingir a cultura do bem e da paz e a mentalidade sem violência ou agressividade
Com dinâmicas de grupo e debates em sala de aula, pesquisas individuais e coletivas, monografias e leituras silenciosas aspira assim produzir seus conteúdos de saber e repertórios de conhecimento de qualidade e excelência
Sua produtividade é obtida com o ponto de vista de cada um, com a participação de todos inclusive da comunidade de amigos e moradores em volta da escola
No movimento, a sua marca
Na interatividade, o seu propósito
No compartilhamento, a sua riqueza
Na criatividade, a sua possibilidade
Nos novos conteúdos, a sua diferença
Na co-autoria, a sua beleza
Na co-construção, a sua grandeza
No intercâmbio, a sua abertura
Na renovação, a sua libertação
Respeitar as diferenças, valorizar os pequenos detalhes e observar as pequenas coisas é uma das condições indispensáveis impostas pelos administradores da educação aberta
Nos exercícios físicos e mentais, e nas operações materiais e espirituais, deve sempre prevalecer a ordem e o equilíbrio da mente, a disciplina ética e espiritual e a organização das emoções vividas e dos sentimentos praticados, bem como o controle consciente e racional e o domínio de si mesmo
Na prática cotidiana, todos devem ajudar-se uns aos outros, satisfazendo os desejos de uns e realizando as necessidades de outros
Que o otimismo de vida e o pensamento positivo, assim como o alto astral e a auto-estima elevada sejam as prioridades no relacionamento entre as pessoas, sejam elas os profissionais de educação como diretores, coordenadores, inspetores, orientadores, planejadores, programadores, professores e professoras, ou os estudantes e funcionários dessa casas de ensino e ambientes de aprendizagem
No amor recíproco e na interdependência de relações, nos encontros interpessoais e nos diálogos intercambiais, na cooperação interativa e na colaboração compartilhada, reinem sempre o bem que se deve fazer e a paz que se deve viver, a bondade que constrói e a concórdia que acalma e tranqüiliza
No império dos valores da boa consciência, das virtudes da boa ética comportamental e das vivências morais e experiências espirituais que todos devemos ter privilegiem-se a fé em Deus e a oração ao Senhor, fundamentos de uma boa vida e garantias seguras de uma ótima existência
Que o sorriso produtor de esperança e a alegria curadora de todos os males sejam partes integrantes do cotidiano das escolas e das atividades que nelas se operam com freqüência diariamente
Praticando a justiça no compromisso responsável de pessoas direitas, todos mantenham o respeito mútuo, ajam com juízo e usem o bom-senso, gerando liberdade em seus deveres e obrigações cumpridas e produzindo felicidade no abraço aos direitos que todos devem compreender e venerar
Na busca do conhecimento verdadeiramente possível, professores e estudantes encontrem a sua saúde mental e o bem-estar pessoal e social
Ao pensar idéias e valores, discernir símbolos e imagens e conhecer outros conteúdos do saber, os interesses públicos e as intencionalidades coletivas sejam preferidos em suas práticas pedagógicas
Nesse campo de atividades e relacionamentos educativos, deve-se enfatizar as ações fraternas e as atitudes solidárias, as boas amizades e a generosidade dos comportamentos
Um exemplo da aplicação dessa Pedagogia da Interatividade é considerarmos o fato da “Independência do Brasil” às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, e rechear a sua abordagem e colorir o seu conteúdo com apresentações de trabalhos e pesquisas sobre o tema, através de vídeos e audiovisuais, concursos de redação, painéis de fotos e imagens, conferências e debates com assuntos diversificados, criação de músicas de cunho popular, filmes de cinema com títulos interessantes e atraentes, jogos educativos, produção de blogs e sites da internet, palestras na rádio globo, programa na TV Bandeirantes, representações teatrais enfatizando as principais figuras como o Imperador Dom Pedro I, o Patriarca José de Alencar, Dom João VI, a família real portuguesa, os indígenas brasileiros, e assim por diante.
Esses fluxo de conhecimentos proporcionados e seu complexo de informações e comunicações serviriam de ilustrações para esse acontecimento tão importante para o Brasil, de tal modo que com essa luz mental se entenderia melhor o seu episódio, se observaria os vários ângulos de sua compreensão, se aumentaria o saber em torno dele, se dilatariam as várias interpretações sobre essa realidade, se obteria um outro, novo e diferente olhar sobre a história do Brasil.
Com esse panorama global e diferencial sobre o fenômeno real e histórico em referência, teríamos então um maior conhecimento acerca dele.
Tal é o Parangolé, a Pedagogia da Interatividade.
Na origem do Parangolé está a preocupação de fazer os estudantes interagirem com o professor a fim de se possibilitar a produção do conhecimento cujo processo é permanente, criativo, evolutivo, aberto, renovador e libertador, alcançando outros, bons, novos e diferentes conteúdos capazes de propiciar saúde pessoal e bem-estar coletivo para todos e cada um dos que assumem o compromisso responsável de gerar liberdade de criação, a partir da qual se constrói a cultura do bem físico, mental e espiritual e suas conseqüência na vida cotidiana para a qual contribuem as variadas funções e diversos recursos de elucidação e esclarecimento de seu repertório rico de saberes então compartilhados.
Nesse movimento de aprendizagem, o ensino se torna mais eficaz e produtivo, mais claro e lúcido, mais rico e desenvolvido, mais qualificado e excelente.
Eis sua constante abertura a novas possibilidades e diferentes alternativas de conhecimento.
Nessa proposta de ensino aberto, a aprendizagem se renova a cada instante e se libertam os talentos de cada um, e o carismas se complementam criando novas e diferentes possibilidades de co-construção do conhecimento, fazendo então a verdadeira diferença que caracteriza essa pedagogia intercambial, que faz da interação de professores e estudantes o caminho certo para o compartilhamento de seus conteúdos produzidos tendo em vista o crescimento de todos, o enriquecimento das matérias e disciplinas e o aperfeiçoamento do saber agora bem pensado, bem discernido e bem gerado como outro repertório cultural de conhecimentos adquiridos.
Nessa abertura cheia de alternativas e possibilidades, reina a diferença, a co-autoria entre mestres e alunos transformando a cultura e sua essência renovadora e libertadora em fonte de saúde pedagógica e bem-estar educacional para todos e cada um dos envolvidos nesse processo de educação aberta, propiciadora das diferenças criadoras que com seus detalhes construtivos faz a educação avançar, progredir bem e evoluir com qualidade de vida e excelente trabalho de interatividades que se complementam, esclarecendo assim a temática em referência, elucidando seus objetivos finais e evidenciando as suas raizes responsáveis pela luz do conhecimento obtido.
No Parangolé, imperam as diferenças.
Dos discentes, alunos, discípulos e estudantes esperam-se a sua co-autoria de idéias e a sua co-construção de conhecimentos, o que se dá através dos debates dentro e fora da sala de aula, das pesquisas individuais e coletivas, das monografias solicitadas pelos mestres, das apresentações discursivas e participativas, dos trabalhos de grupo, dos audiovisuais visualizados, das representações teatrais em torno do tema, das danças sobre o assunto em referência, das músicas geradas em prol da mensagem que se tenta oferecer, das criações artísticas e literárias, das atividades esportivas, recreativas e de lazer, e assim por diante.
Esse jogo interpessoal de conteúdos que se produzem e se complementam, o intercâmbio de culturas diversas e mentalidades diferentes, o fluxo de interatividades que colaboram entre si, o complexo de matérias e disciplinas compartilhadas e a cooperação mútua aliada com a reciprocidade de intenções e interesses semelhantes ou não, faz da pedagogia do parangolé uma novidade que precisa ser cultivada, explorada, enriquecida, desenvolvida e aperfeiçoada por todos os que comungam e participam de sua geração e propagação, transformando-o positivamente em ferramenta de renovação pedagógica e instrumento de libertação dos exercícios educacionais que então se empreendem.
O Parangolelismo pedagógico e sua teia interativa com sua rede de intercâmbios culturais e mentalidades compartilhadas é responsável pela boa qualidade de sua produção educacional, determinadora dos seus ótimos conteúdos de conhecimento e das idéias fecundas e profundas que faz surgir, causando entre os que dele participam e com ele comungam saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual, a partir de que é possível a construção de uma sociedade mais livre e feliz, mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, de bem com a vida, que faz do seu amor pleno pela educação das pessoas o sentido de sua vida e a razão de seu existir.
5. A Didática da Mudança
Por meio de debates e pesquisas individuais e coletivas, leituras silenciosas e monografias(redações), apresentações e audiovisuais, mensagens instantâneas e teleconferências, notícias de rádio e programas de televisão, uso do computador e a internet, sites e blogs, emails e chats(salas de bate-papo), redes sociais e comunidades virtuais, trabalhos de grupo e provas, testes e exercícios, opera-se a didática de ensino móvel, cuja mobilidade e mutabilidade ajudam na construção de uma rede interativa de relacionamentos de qualidade e de uma teia de compartilhamento de conteúdos de conhecimentos de excelência, o que enriquece a boa aprendizagem dos estudantes e aprimora a ótima produtividade dos professores, tornando pois o sistema pedagógico de ensino bem mais saudável e agradável, onde todos e cada um através de sua natural criatividade e de seus dons, talentos e carismas, pode buscar uma vida escolar de grandeza social e de beleza universal.
Da mudança, pela mudança e para a mudança vive-se o desenvolvimento de uma educação voltada para o condicionamento de atitudes de bem e de paz, fraternas e solidárias, amigas e generosas.
Desse modo, construiremos a sociedade do conhecimento e seu mundo de possibilidades interativas e de alternativas de compartilhamento, em que a vida humana se transforma em uma metamorfose de conteúdos bem repartidos e distribuídos.
Então, nos tornamos processo, processo em construção, construção da bondade nas relações e concórdia nas atividades que empreendemos.
6. O Professor Perambulante
À Semelhança do filósofo grego Aristóteles(século VI a.C.), que, na sua escola o Liceu ensinava caminhando, circulando pelas ruas, praças e avenidas de Atenas, andando em volta da Cidade, perambulando ao mesmo tempo em que ministrava as suas aulas de biologia, ciência natural, lógica, metafísica, matemática e outros, também nós integrantes da Pedagogia Móvel devemos tomar consciência da necessidade de nos mobilizarmos tendo em vista a qualidade do ensino oferecido, a excelência do seu conteúdo bem produzido, a eficiência da didática da aprendizagem, a riqueza dos resultados obtidos, o aperfeiçoamento do seu processo construtivo, o aprimoramento de sua gestão bem sucedida, o que na verdade contribui para o fortalecimento dos princípios éticos e espirituais de uma sociedade, a consolidação de suas bases científicas e psicológicas, a estabilidade das razões que fundamentam tal prática educacional, e sem dúvida a crescente conscientização de sua liberdade, fonte da sua verdadeira felicidade.
Na Educação Móvel, por conseguinte, o mestre é ambulante, indo e vindo em suas andanças pedagógicas, perambulando em diversos tempos e lugares, em diferentes momentos e situações da vida cotidiana, nas circunstâncias fáceis e difíceis e até aparentemente impossíveis, quando agora interfere no processo de conhecimento de seus alunos e alunas, aumentando o seu repertório de saberes e o contingente de conteúdos qualificados, fazendo assim desse movimento de ensino e aprendizagem o caminho para o sucesso vocacional e o bem-estar profissional de todos os envolvidos nesse ambiente de créditos, favores e benefícios educacionais, razão de uma vida com sentido e de uma existência livre e boa de se viver, feliz em si mesma.
O Professor Perambulante é então o interventor pedagógico que gera a boa educação de todos, seja ela a partir de uma base de conhecimentos adquiridos seja em função de uma ética comportamental bem desenvolvida ou seja ainda de acordo com a espiritualidade natural ali bem articulada, transformando docentes e discentes em agentes de mudança, ferramentas de transformação e instrumentos de abertura das consciências envolvidas, de renovação das culturas e mentalidades participantes e de libertação dos corpos, mentes e espíritos daquelas pessoas que fazem da mobilidade do ensino a porta da liberdade de suas vidas de cada dia, princípio da autêntica felicidade que passam desde então a administrar.
7. O Aluno Nômade
Estar sempre em movimento, eis a inteligência do estudante, o seu trabalho constante, a sua atividade permanente, a partir do qual ele constrói a sua vida de liberdade, de sonhos que se realizam, de realidades novas e diferentes, de felicidade com bem-estar, de saúde com otimismo, de alegria com positivismo, de equilíbrio com bom-senso, de respeito com responsabilidade, de bondade com concórdia, de vida com amor, de bem com paz, de verdade com justiça, de direito com transparência, de fraternidade e solidariedade, de amizade e generosidade, sempre construindo – e jamais destruindo – a experiência cotidiana, criando condições saudáveis de existência para todos, interagindo para gerar as boas coisas da vida, compartilhando para enriquecer os conhecimentos das pessoas, colaborando para que a criatividade se desenvolva, os talentos se reproduzam, os dons e os carismas sejam postos em prática, as vocações naturais surjam e o seu lado profissional se articule com outras alternativas de trabalho, com novas possibilidades de emprego e com diferentes tendências do mercado atual.
No cotidiano, alunos e alunas se mobilizam para estudar bem, criar boas idéias, atingir ótimos conhecimentos em função de um razoável discernimento, sempre pois fazendo a diferença entre os seres e as coisas, pensando bem a cada momento, fazendo de cada instante uma oportunidade para progredir na vida, e evoluir com a certeza de que está no caminho certo, o caminho bom da boa educação, do respeito às pessoas, da responsabilidade por seus atos, e sobretudo por uma vida de inteira oração a partir de que Deus, o Senhor, terá vez e voz na sua vida, favorecendo-lhe continuamente com seus inúmeros benefícios, grandes graças e gigantescas maravilhas sem fim durante toda a sua jornada terrestre e celeste, temporal e eterna, histórica e infinita.
Na condição de nômades, os estudantes podem movimentar a vida lá fora buscando sempre em si, de si, por si e para si a fonte de toda essa dinâmica de processos interativos e construtivos, abertos e libertos de todos os obstáculos da mente e do corpo, de todos os preconceitos e superstições morais e religiosas.
O Movimento liberta as pessoas.
O fato de ser nômades transforma os estudantes em metamorfoses ambulantes, agentes de mudança e mobilização social, ferramentas de transformação política e econômica, e instrumentos de libertação social e cultural, fazendo sempre emergir para realidades mais saudáveis e agradáveis o conjunto de suas comunidades, a totalidade da sociedade e a globalidade de toda a humanidade.
Nesse sentido, o nomadismo dos estudantes torna-se elemento de transformação social, de emergência das consciências e de emancipação das liberdades humanas individuais e coletivas.
Em movimento, somos livres.
Livres, somos felizes.
8. Conhecimentos Compartilhados
Com o advento em nossos dias atuais do fenômeno da globalização no mundo inteiro, a vida humana passou a ser mais interligada, interativa e compartilhada, fazendo-se desde então intercâmbios de idéias e conhecimentos, de culturas e mentalidades, de valores e virtudes, de consciências e experiências, de vivências e existências, de teorias e práticas, sempre com a boa intenção de assim trazer progresso para as pessoas, saúde e bem-estar para as comunidades, bem e paz para as sociedades, liberdade e felicidade para toda a humanidade.
Temos crescido desse modo ultimamente.
Também a aprendizagem móvel percebeu tal necessidade de cooperação mútua entre grupos e indivíduos, e a colaboração recíproca, de tal modo que hoje aqui e agora os homens e as mulheres satisfazem mais os seus desejos e realizam melhor as suas necessidades, trazendo pois a todo o Planeta Global boa qualidade de vida e excelente repertório de saberes, maior transparência em suas atitudes e ótimo aperfeiçoamento de seus pensamentos criativos, de seus sentimentos românticos e de seus comportamentos razoáveis, justos e equilibrados.
Assim mobilizados, os gestores e colaboradores da Escola Móvel empenham-se atualmente em fundamentar seus conteúdos gerados, propagá-los com bons interesses de desenvolvimento em conjunto e consolidá-los no interior da sociedade, que agora vê nesse compartilhamento rico e quase perfeito a chance de melhorar os seus ambientes de vida e a oportunidade de produzir alternativas de felicidade para todos e cada um a partir é claro das possibilidades de liberdade respeitosa e responsável que juntos e unidos procuramos adquirir.
Nasce assim pois o Conteudista, o produtor de conteúdos.
9. Produtores de conteúdos novos e diferentes
O Conteudista – profissional competente que produz conteúdos de conhecimento de qualidade e excelência reconhecidos pelo mercado – é hoje não só uma novidade no Ensino Móvel como também uma necessidade dos tempos modernos sobretudo na área de educação fundamental, média e superior, porque esse profissional aumenta o repertório do saber em determinado sistema pedagógico, qualifica o conhecimento, sempre enriquecendo-o e aperfeiçoando-o, aprimora a visão que a partir de então temos da realidade da experiência cotidiana, abre-nos para as novidades da natureza e do universo, renova a nossa vida física e mental, material e espiritual, e liberta-nos sempre de preconceitos tradicionais e superstições antigas que bloqueiam a busca do pensar, do conhecer e do discernir, ajudando-nos pois a levar uma boa vida dentro da existência humana e social, política e econômica, cultural e ambiental.
Um professor ou outro qualquer que tenha competência e qualidade pode ser um Conteudista, o responsável direto e indireto pelo aprimoramento de nossos conhecimentos em todas e quaisquer situações de vida pedagógica, contribuindo portanto para a evolução da ciência e da tecnologia, o progresso da educação em todos os sentidos, o desenvolvimento das matérias e disciplinas da escola como também os seus programas e planejamentos de curso e de aula semestrais e anuais.
Com novos e diferentes conteúdos que se produzem, avançamos nas nossas boas idéias, crescemos na ótima interpretação dos fenômenos da consciência e da experiência, vivemos melhor a realidade cotidiana, procuramos mais a nossa saúde individual e bem-estar coletivo, caminhamos emergentemente para uma vida de fraternidade e solidariedade, construtora de boas amizades a partir da nossa feliz generosidade mútua em função da qual é possível condicionar um presente e futuro equilibrado, racional e cordial para toda a humanidade.
10. A Metamorfose Pedagógica
As transformações na educação contemporânea que ora se verificam refletem as exigências da história atual, as necessidades da vida humana presente e os desejos de homens e mulheres que aspiram por um novo modelo pedagógico de ensino onde se observe os fatores de mobilidade, mutabilidade, transparência ética, valores morais e virtudes espirituais, nova visão da realidade, diferente interpretação dos seres e das coisas, outro olhar sobre os ambientes de vida em que vivemos, interatividade de pessoas, compartilhamento de conhecimentos, produção de bons conteúdos de saber, progresso material e espiritual, evolução física e mental, crescimento interior e exterior, desenvolvimento sustentável, ordem mental, disciplina racional, organização das idéias e vivências, equilíbrio mental e emocional, controle da mente, domínio de si mesmo, juízo e bom-senso, globalização, cultura ambiental e ecológica, capacitação técnica e orientação vocacional e profissional, criatividade, investimento nos dons, talentos e carismas de todos e cada um, satisfação de desejos e realização de necessidades, enfim, intenções e interesses da sociedade moderna, os quais encontram na Escola Móvel uma oportunidade de concretizar esses objetivos e experimentar essas finalidades assumidas responsavelmente pela Pedagogia de hoje, comprometida de fato com a saúde e o bem-estar da humanidade cuja alavanca de liberdade, fonte da verdadeira felicidade, está na educação, raiz de uma boa vida social, política, econômica e cultural, a começar pelas crianças e adolescentes, os jovens estudantes do ensino médio e fundamental, e superior.
Tais exigências do contexto temporal atual, em suas localidades específicas e em suas regiões globalizadas, torna a Escola Móvel um motor articulador e propiciador de desenvolvimento em todas as camadas sociais, em cada uma das instituições constituídas pelo Poder Público e em quaisquer áreas da vida humana que vêem na educação a chave do sucesso e o segredo da felicidade.
Que a Escola Móvel nos ajude a realizar essas boas idéias.
11. Uma Nova Visão da Realidade
Os defensores da Escola Móvel – professores, pedagogos e especialistas em educação – olham a realidade de uma outra maneira, tentando compreender os sinais dos tempos atuais que refletem as exigências do mundo moderno, as necessidades presentes da vida humana e os desejos emergentes e emancipadores de quem luta por um ensino melhor para os estudantes, pela qualidade dos conteúdos apresentados, pela renovação dos conhecimentos sugeridos e pela libertação de tradições pedagógicas que atuam apenas como preconceitos mentais e superstições dogmáticas, travando pois o processo evolutivo dos sistemas educacionais espalhados por toda parte e bloqueando à vista de todos o progresso das escolas e sua diferente observação dos ambientes reais das instituições de ensino, procurando portanto a partir de agora não só reformar o modo de apresentar a educação mas sobretudo revolucionar a consciência pedagógica em geral, a cultura de hoje dos mestres e alunos, propagando então uma diversa mentalidade educacional onde sobressaiam os direitos e as necessidades de todos, os favores e benefícios da boa aprendizagem, o ensino de maior qualidade e sua melhor estratégia de crescimento, a excelência da didática e os ótimos resultados de uma política de educação mais razoável e equilibrada, mais positiva e otimista, que possa a partir desse momento resgatar os bons valores da consciência docente e as ótimas virtudes do comportamento estudantil, aprimorando assim as vivências escolares e aperfeiçoando os sentimentos da sociedade em relação à prática de ensino, bem como enriquecendo o olhar mais fértil, mais fundo e mais profundo dos responsáveis e gestores dessa nova proposta educacional, a Escola Móvel.
Tais são as boas perspectivas desse novo paradigma de ensino.
Eis as esperanças para todos, sobretudo mestres e estudantes, de um presente de mais qualidade para a educação moderna e um futuro de mais excelência para a pedagogia descentralizadora, móvel, mutável, dinâmica, operadora, ativa, nova e liberta de uma tradição cultural que até o presente instante só vem prejudicando os novos modelos de educação, antes paralisados por ideologias estáticas, teorias imóveis, pensamentos inconstantes e valores educacionais hoje já ultrapassados, superados pela urgência do momento atual, o qual exige novas mudanças para a educação tendo em vista qualificar o ensino e aperfeiçoar o projeto de ensino-aprendizagem, tão indispensável em nossos instantes de aqui e agora.
Renovemos pois a educação.
Procuremos ouvir os apelos da sociedade moderna.
Escutemos a voz do tempo e da história.
E então nos mobilizemos, tomando consciência de nossas responsabilidades ao mesmo tempo em que fazemos uma opção radical pela qualidade da estrutura pedagógica e com o seu novo sistema libertador, a que chamamos a Escola Móvel.
12. A Abertura a outras possibilidades
O Exemplo da Educação Móvel oferece muitas possibilidades de trabalho interativo e compartilhado dentro das áreas política, econômica, social, cultural, ambiental, artística, científica, tecnológica, histórica, filosófica, moral e religiosa.
Seus raios de possibilidades são verdadeiras alternativas de conscientização da importância da mobilidade e da mutabilidade hoje aqui e agora no mundo contemporâneo, o que certamente trará grandes créditos, inúmeros favores e imensos benefícios a todas as sociedades humanas engajadas nesse Projeto Alternativo de Aprendizagem onde todos e cada um são respeitados nas suas diferenças, valorizados nos seus pequenos detalhes e reverenciados nas pequeninas coisas que fazem, proporcionando então ao conjunto de toda a humanidade a curtos, médios e longos prazos um maior bem-estar individual e coletivo, mais saúde mental, física e espiritual, melhor qualidade de vida, mais oportunidades de bom trabalho e trabalhar bem em prol do bem e da paz de todos os seres humanos que habitam esse Planeta Terra.
Seus efeitos temporais de certo modo atingirão a eternidade.
Sim, seremos felizes para sempre.
Que Deus, o Senhor, logo, abençoe os frutos e conseqüências desse Projeto de Liberdade.
13. Favorecendo as boas tendências do momento
Se o contexto histórico e social apresenta certas tendências de comportamento, refletindo a consciência geral da sociedade, as idéias dominantes e as práticas cotidianas mais comuns exercidas pela população como um todo, então o que se cria, constitui e estabelece nesse ambiente propício deve reproduzir tais sentimentos tendenciosos, revelando-se um seguimento de tal experiência e sua moda política, social, econômica e cultural.
Igualmente o Ensino Móvel segue essa tendência do mundo atual.
Ele procura seguir os passos e compassos da sociedade contemporânea, dançando conforme a música que todos cantam e cada um estabelece como padrão de vida e regra social.
Busca pois então essa prática de ensino mobilizadora do povo em seu meio de vida e existência dinamizar a realidade cotidiana, animar os desanimados, alegrar os tristes, motivar os deprimidos, incentivar os aflitos e angustiados, entusiasmar a juventude e os espíritos com alma nova, desejosos de mudança no fluxo social e restauração do complexo sistêmico e estrutural da sociedade em que vivem.
Mobilizando-se como célula viva e ativa dessa sociedade dentro da qual se insere temporalmente, a Escola Móvel contagia os outros, inflama as pessoas, aquece o convívio, resgata o calor humano e recupera os ânimos antes sem vida dos que gerenciam o contexto escolar e administram a rede estudantil e a teia do magistério.
Assim, como motor que possibilita a energia do movimento, tal aprendizagem dinâmica sustenta a transformação do ambiente social, renova as culturas e liberta as mentalidades outrora prisioneiras de tradições insustentáveis hoje.
É mais um empurrão que a educação dá na sociedade tendo em vista levá-la ao progresso e ao desenvolvimento.
A Educação Móvel portanto é uma energia viva e ativa que redimensiona as atividades políticas, os exercícios do corpo e da mente, as operações financeiras e o processo de re-criação dos conhecimentos e re-construção das comunidades humanas.
Seu impulso é natural.
Sua alavanca é contextual.
Seu contexto é a história de cada dia.
14. Uma ótima alternativa de ensino
Entre tantos sistemas educacionais diferentes entre si, o ensino móvel é mais uma boa opção de vida pedagógica, com propriedades específicas que a diferenciam dos outros modelos existentes, como por exemplo a avaliação periódica baseada em testes e provas, pesquisas e trabalhos de grupo; a didática mutante cuja diversidade no tempo e espaço onde se encontra torna o ensino mais ágil, mais criativo, mais reflexivo, mais interessante, mais produtivo e mais agradável e saudável; a interdisciplinaridade em que as matérias e disciplinas propostas interagem entre si, compartilhando seus conteúdos e intercambiando os seus conhecimentos, enriquecendo assim pois o produto final de uma programação de ensino-aprendizagem onde a liberdade é a meta, e a felicidade o resultado desejado; essa mesma programação de curso com metas pré-definidas e resultados pré-determinados; o planejamento das aulas onde o plano de curso trimestral ou semestral é construído juntamente com a vida e a experiência adquirida em sala de aula, elaborando desse modo um processo de aprendizagem sempre aberto, construtivo, criativo, com imensas alternativas de ensino e inúmeras possibilidades de aperfeiçoamento dos conteúdos de conhecimentos apresentados, discutidos e assumidos diariamente durante esse movimento de aprendizagem; a criatividade nos conteúdos produzidos e nos pontos de vista debatidos; o respeito às diferenças de cada um, o que incentiva a participação do aluno, o qual então oferece a sua opinião construtiva, a sua crítica problemática e a sua dialética renovadora e libertadora; o valor dos detalhes na apreensão das matérias e na abstração das disciplinas, a partir de que se olha o que se aprendeu não mais apenas a partir do seu todo, porém principalmente em função de suas partes; a observação das pequenas coisas quando agora as mínimas posições são consideradas, os pequeninos objetos são valorizados e as mais fracas e humildes situações de vida são levadas a sério; enfim, todas as características dessa Pedagogia Móvel tornam a educação mais dinâmica e qualificada, mais respeitosa e transparente, mais autêntica e responsável, mais verdadeira e comprometida seriamente com uma política de aprendizagem onde a dignidade estudantil e a boa reputação do magistério são as realidades mais importantes.
Enfim, um ensino produtivo.
15. Um bom modelo de aprendizagem
Ao se observar que os alunos e alunas, após as suas aulas móveis, saem pelas ruas e avenidas de seus bairros debatendo os assuntos do dia a dia e discutindo os temas do momento atual em que vivem, a partir do que foi aprendido na escola, eis que se verifica a importância desse modelo de ensino onde se liga as matérias e disciplinas de sala de aula com a vida cotidiana, buscando-se desse modo transformar a realidade que nos envolve, renovando os seus ambientes de comunicação e relacionamento e libertando os seus agentes humanos de seus obstáculos mentais – como os preconceitos morais e as superstições religiosas – e bloqueios sociais, aberrações políticas e desvirtuamentos econômicos, como que querendo ajudá-los a abraçar uma vida melhor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, saudável no equilíbrio que tem e agradável no bom-senso que realiza, de respeito e responsável, livre e feliz, fraterna e solidária, amiga e generosa.
Através, portanto, da dialética das vivências e da crítica das idéias, procura-se criar boas condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, porque nessa tempestade cerebral em que se constroem os conhecimentos e se produzem novos e diferentes conteúdos de saber se encontra a raiz da liberdade, fonte da felicidade, o princípio gerador de um processo educacional de construção da cultura do bem e da bondade, e de uma mentalidade baseada na paz vivida e na concórdia praticada, alternativas boas para o desenvolvimento sustentável, possibilidades produtoras de diversas oportunidades de satisfação vocacional e realização profissional, instrumentos da boa sociedade e ferramentas do bom convívio humano e natural.
Por conseguinte, por meio dessa boa aprendizagem móvel, onde o conhecimento de junta e se une à vida, o saber se liga à experiência cotidiana, a teoria escolar se compromete com a prática do dia a dia, é possível se construir uma ótima sociedade do conhecimento e do compartilhamento, isso usando-se a crítica como caminho de libertação das idéias, utilizando-se a dialética como motor renovador de atitudes e restaurador de comportamentos outrora indispensáveis, elevando-se o debate dentro e fora de sala de aula ao nível do resgate da cidadania, da recuperação de direitos e da regeneração dos deveres e obrigações que devem ser efetivados, discutindo-se assim as idéias da vida e a vida das idéias, ligando-as aos bons valores da nossa consciência e às boas virtudes da nossa experiência, tornando nossas vivências diárias e noturnas os grandes canais do progresso da humanidade, sustentada pelos fundamentos de sua fé em Deus e confiança no Senhor.
16. O Respeito às Diferenças
Considerar o todo e as partes, valorizar a criatividade e os pontos de vista de cada um, os seus carismas e talentos, os seus dons naturais recebidos de Deus, as suas idéias novas e diferentes e os seus ideais de vida e esperanças de uma vida melhor, os seus desejos construtivos e as suas necessidades naturais e culturais, as suas opções políticas e os seus valores sociais e econômicos, as suas alternativas de trabalho e ensino e as suas possibilidades de conhecimento e aprendizagem, as suas diferenças de personalidade e os seus detalhes de caráter, as pequenas coisas que cada qual dá importância, os seus interesses públicos e privados e as suas intencionalidades racionais e conscientes, o seu cotidiano específico e o seu ambiente de amor e amizades cultivadas, a sua realidade interior e o seu mundo exterior, as suas aparências externas e as suas essências internas, os seus conteúdos prediletos e os seus contatos preferidos, o seu repertório cultural e a sua educação familiar recebida, os seus valores morais e a sua ética espiritual, enfim, olhar o estudante ou cada pessoa e toda a sociedade a partir das suas diferenças, respeitando-as sempre pelo que são e representam para nós e para os outros,
eis a via de liberdade que nos oferece o Ensino Móvel, base da verdadeira felicidade escolar, princípio da verdade libertadora e origem da saúde pessoal e bem-estar coletivo que devem gozar todos os cidadãos e cidadãs das sociedades humanas a que pertencemos.
Cultivar as diferenças dos alunos e alunas portanto é acender a chama da liberdade, de onde devem brotar o respeito mútuo e a responsabilidade social e ambiental.
De posse dessas diferenças, fundamentos da feliz liberdade, procuremos desenvolver a Escola Móvel, o princípio da felicidade livre.
17. O Valor dos Detalhes
A Vida humana e a realidade cotidiana são feitas de pequenos detalhes, que somados e multiplicados formam e constituem as estruturas da sociedade e seus sistemas políticos e institucionais, econômicos e financeiros, sociais e culturais.
Esses detalhes de vida ganham força quando se transformam em energias vivas que movimentam o comportamento das pessoas e seu mútuo relacionamento e suas recíprocas relações individuais e coletivas.
Detalhes como o trabalho de cada dia, as aulas da minha escola, o atendimento médico de doentes, a oração de um padre ou sacerdote na hora da missa, a viagem de ônibus ou metrô para o local de emprego, o beijo de um homem na sua mulher, o abraço de um amigo no seu companheiro, a palavra de consolo para quem está triste ou desanimado, a ajuda ao pobre ou necessitado, os conselhos que ouvimos de um aposentado ou pensionista do INSS, as brincadeiras de uma criança, os sonhos de um jovem adolescente, o bate-papo no jornaleiro, o programa de televisão que assistimos de vez em quando, as compras que ora e outra fazemos no supermercado ou no shopping do bairro, o repórter e as notícias que escutamos em nosso rádio de casa, o cafezinho e a água que bebemos no botequim da esquina, o pão e o leite que compramos na padaria para os nossos filhos, os remédios que adquirimos na farmácia aqui ao lado, o almoço e o jantar que provavelmente faremos amanhã no restaurante mais perto do meu apartamento, o jogo de futebol que veremos no maracanã no próximo domingo, os preparativos das escolas de samba para o carnaval do ano que vem, o mergulho semanal que realizamos na internet para produzir conteúdos de conhecimento e compartilhá-los com os amigos, parentes e familiares, através de sites, blogs e emails, enfim, a vida detalhada que vivemos em nossas experiências cotidianas, tudo isso nos possibilita tornar cabível a interação entre a vida e o conhecimento, a escola e a sociedade, o ensino e a existência, a aprendizagem e as comunidades humanas e sociais das quais participamos e com as quais comungamos todos os dias e todas as horas de cada momento e de todo instante, intercâmbio esse construtor de uma humanidade mais livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, respeitosa e responsável, sensata e equilibrada, qualidades tais que geram saúde e bem-estar para os grupos e indivíduos e populações inteiras que a constituem.
São esses detalhes existenciais que movem a educação móvel e a tornam ao mesmo tempo uma organização sistemática mobilizadora, ferramentas de mudanças e instrumento de renovação e libertação de estudantes e professores e seus agentes pedagógicos.
De detalhes pois vive a Pedagogia Móvel.
18. Observar as pequenas coisas
Pequenas coisas em nosso cotidiano escolar são as avaliações em aulas móveis, o debate de idéias e as discussões de assuntos e temas atuais, a freqüência e assiduidade dos estudantes, a boa vontade dos professores na condução da mobilidade do ensino e da mutabilidade da aprendizagem, a didática de boas análises dos cursos apresentados, a programação realista das matérias e disciplinas e o seu desenvolvimento curricular, o planejamento de aulas e cursos trimestrais, semestrais e anuais, a gerência das aulas, a boa administração dos diretores e seu quadro de funcionários, a interferência das comunidades no andamento escolar e no processo de construção de conteúdos e conhecimentos de qualidade, a co-autoria e a co-construção de alunos e alunas na elaboração das aulas e seu modo de ordená-las, discipliná-las e organizá-las, o salário do magistério e as suas boas condições de trabalho, a preocupação com a qualidade dos cursos e a boa produção da essência dos saberes a ser compartilhados, o estado constante de mobilização das comunidades estudantis, a ocupação com a transformação dos ambientes de ensino-aprendizagem, a metamorfose permanente das relações humanas e sociais estabelecidas entre todos os responsáveis pelo processo de construção da Escola Móvel, e assim por diante.
Ocupar-se com essas pequenas e grandes coisas pedagógicas, eis a chave do sucesso educacional e o segredo de sua qualidade docente e discente.
19. Renovar as Consciências
“Quem vive de passado é cemitério”, diz o ditado popular.
Para bem experimentar o presente e bem preparar o futuro, urge sempre renovar a mente com diferentes idéias e bons conhecimentos, ótimos valores e boas virtudes, sentimentos cordiais e atitudes racionais e realistas, comprometidas com a realidade da experiência cotidiana cujo campo é fértil, propício a novos ambientes e diferentes comportamentos, descobridor de outros talentos, dons bem seguros e carismas blindados, revelador da boa criatividade e da ótima produtividade, desvelador de verdades relativas e de certezas bem fundamentadas, de culturas fundas e profundas e de mentalidades baseadas no bem que se faz e na paz que se vive, no amor que se pratica e na vida que se cultiva, ordenador da inteligência, disciplinador da razão e organizador dos conhecimentos que se obtêm durante a vida.
Uma consciência renovada é aquela que tem uma outra visão da realidade diferente do comum da sociedade, um ponto de vista mais equilibrado que os outros, um pensamento mais criativo que os demais, uma boa interpretação dos seres reais e das coisas do dia a dia, um olhar mais fecundo sobre os acontecimentos de cada momento e sobre os fenômenos da vida de cada instante.
É a consciência aberta a novas possibilidades, a diversas alternativas de trabalho e diferentes oportunidades de crescimento interior e exterior.
É a cabeça sempre fresca, que supera preconceitos mentais, superstições religiosas e tradições morais, bem como sabe ultrapassar a confusão de idéias que de vez em quando se nos apresenta, e transcender desequilíbrios comportamentais, transtornos físicos e distúrbios da mente, desvios de caráter e aberrações da personalidade, falta de controle de suas paixões e emoções e ausência de domínio sobre si próprio.
Essa racionalidade equilibrada, que usa sempre o bom-senso em suas decisões e escolhas diárias, que abraça o bom juízo nos relacionamentos e a sensatez nas palavras refletidas e nas posturas assumidas, nas vivências de toda hora e nas práticas de cada situação vivida, nas circunstâncias mais difíceis e aparentemente impossíveis, nas condições naturais e culturais experimentadas de dia e de noite, enfim, a consciência do equilíbrio eficaz e do bom-senso eficiente, segura em si mesma, garantida por sua fé em Deus e confiança no Senhor, eis a cabeça boa que encontra no bem que vive a sustentabilidade de sua segurança e a garantia de uma existência bem fundamentada.
É a consciência divinamente humana.
20. Libertar-se de Tradições Insustentáveis
Os novos Modelos de Ensino-Aprendizagem – como a Escola Móvel – precisam se libertar de vez de preconceitos mentais, de valores ultrapassados, de teorias superadas, de superstições religiosas, de transtornos morais, de distúrbios da consciência, de desvios educacionais e de aberrações pedagógicas, que só desestabilizam tais Pedagogias Libertadoras, bloqueando pois as suas novidades metodológicas, a sua criatividade sistêmica, a sua abertura a novas idéias e conhecimentos, o seu fator renovador de atitudes e consciências ocupadas com o bem-estar de alunos e professores e demais agentes pedagógicos.
Superar esses limites preconceituais e tradicionais só trará benefícios para a educação.
Ultrapassar essas barreiras mentais e esses bloqueios ideológicos e psicológicos será sem dúvida um favor que faremos aos Sistemas Pedagógicos modernos.
Transcender as fronteiras da irrealidade e da irracionalidade, do desequilíbrio da mente, da falta de controle da consciência e da ausência de domínio de si mesmo, que não toleram o bom juízo e o bom-senso, eis um dever dos produtores de conteúdo, dos gestores educacionais, dos que tornam a interatividade de pessoas e o compartilhamento de seus conhecimentos e relacionamentos um instrumento de mudança no ambiente pedagógico, mudança para melhor, creditando-lhes assim pois os beneplácitos de um ponto de vista bem fundamentado, de princípios bem fundados, transformando portanto esses Modelos atuais de Libertação Educacional em um motivo a mais de crescimento para o país, de progresso para a sociedade, de evolução para a humanidade e de desenvolvimento das fontes sustentáveis presentes e futuras que agüentam o Planeta Global.
Abracemos pois a novidade permanente.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Sou o que penso
Não sou o que pensam que eu sou
Os efeitos de uma imaginação patológica que muitas vezes nossas interpretações sobre a vida alheia concebem estão cheias de erros, sofrem faltas terríveis, ao tentarmos entender o que se passa na cabeça dos outros, suas idéias e pontos de vista, seu olhar sobre a realidade, sua visão dos seres da realidade e das coisas do cotidiano. Sim, por várias vezes erramos ao compreendermos uma pessoa, pois imaginamos algo que ela não é, ou “inventamos” uma personalidade inexistente, ou alguém que jamais ganhou vida entre nós. Por tantas vezes, nossa imaginação falha, pois eu não sou o que muitos pensam de mim, como ainda os outros não podem ser o que eu imagino acerca deles. Penso o impensado. Imagino o inimaginável. Sou o que eu penso e não o que os outros pensam ou imaginam que eu seja. Sou a minha imaginação e não o pensamento alheio. Minha vida está ligada a mim e à minha consciência e falha quando as interpretações de outros tentam conceber quem eu seja. Sou o que eu penso de mim e não o que os outros imaginam a meu respeito. Sou a minha consciência e não a consciência alheia. Sou o meu pensamento e não o pensamento de outros. O que vale e me importa é o que eu entendo que eu seja. O que os outros pensam ou imaginam de mim não interessa nem tem valor algum aos meus olhos. Sou o que penso. Sou a minha imaginação e não o que os outros compreendem que eu seja. Sou eu e não os outros.
Os efeitos de uma imaginação patológica que muitas vezes nossas interpretações sobre a vida alheia concebem estão cheias de erros, sofrem faltas terríveis, ao tentarmos entender o que se passa na cabeça dos outros, suas idéias e pontos de vista, seu olhar sobre a realidade, sua visão dos seres da realidade e das coisas do cotidiano. Sim, por várias vezes erramos ao compreendermos uma pessoa, pois imaginamos algo que ela não é, ou “inventamos” uma personalidade inexistente, ou alguém que jamais ganhou vida entre nós. Por tantas vezes, nossa imaginação falha, pois eu não sou o que muitos pensam de mim, como ainda os outros não podem ser o que eu imagino acerca deles. Penso o impensado. Imagino o inimaginável. Sou o que eu penso e não o que os outros pensam ou imaginam que eu seja. Sou a minha imaginação e não o pensamento alheio. Minha vida está ligada a mim e à minha consciência e falha quando as interpretações de outros tentam conceber quem eu seja. Sou o que eu penso de mim e não o que os outros imaginam a meu respeito. Sou a minha consciência e não a consciência alheia. Sou o meu pensamento e não o pensamento de outros. O que vale e me importa é o que eu entendo que eu seja. O que os outros pensam ou imaginam de mim não interessa nem tem valor algum aos meus olhos. Sou o que penso. Sou a minha imaginação e não o que os outros compreendem que eu seja. Sou eu e não os outros.
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